Governo do Estado anuncia plano de venda de ações na Copel
A Copel é a maior empresa do Estado. Ela atende 5 milhões de unidades consumidoras em 394 municípios
Publicado: 22/11/2022, 08:37
O Governo do Estado anunciou, nesta segunda-feira (21), a intenção de transformar a Companhia Paranaense de Energia (Copel) em uma corporação. A proposta será encaminhada à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) até o final do dia. De acordo com o Governo, o modelo proposto é consagrado em países mais desenvolvidos.
“Ele é adotado por empresas como a Vale, Embraer e Eletrobras, gigantes dos seus setores. Dessa maneira, a Companhia estará pronta para as mudanças que vão impactar o setor energético nos próximos anos, voltadas aos compromissos ambientais e de geração limpa”, explica nota enviada à imprensa.
Na prática, a mudança significa uma privatização, uma vez que o governo deixaria de ser o controlador. A empresa não terá um dono e o capital será disperso, mas o Estado seguirá como maior acionista (mínimo de 15%). A proposta também cita a manutenção de ação de classe especial, golden share, com poder de veto, que visa garantir os investimentos da Copel Distribuição.
Nome mantido
A Copel é a maior empresa do Estado. Ela atende 5 milhões de unidades consumidoras em 394 municípios.
“Nessa gestão, investiu quase R$ 7 bilhões no Paraná, com programas como o Paraná Trifásico, Rede Elétrica Inteligente e novas subestações. É o maior pacote da história. Mas para fazer frente ao novo momento do setor elétrico é preciso investir ainda mais”, diz o Governo do Estado.
A sede em Curitiba e o nome serão mantidos. Além disso, os ativos de geração serão preservados, como a Usina de Foz da Areia, deixando intacto o patrimônio da Copel.
“Poucos estados ainda têm a empresa de energia ligada ao governo, o que dificulta a expansão na concorrência com o mercado privado. Com a mudança, a Copel vai liderar o movimento de transformação energética do setor sem as burocracias de uma estatal, mas ainda alinhada aos interesses dos paranaenses”, garante.
Para os clientes, segundo o Governo do Estado, a prestação do serviço vai melhorar, seja pela ampliação da capacidade de investimento da Companhia, seja pela velocidade de execução das obras com o mesmo regramento das empresas privadas. “Não haverá mudança na tarifa porque esse controle é definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, conclui.