Ministro do STF é alvo de ataques em Santa Catarina
Luís Roberto Barroso foi hostilizado por bolsonaristas em um restaurante. Ele saiu, foi perseguido e manifestantes começaram a protestar em frente ao local onde ele estava hospedado
Publicado: 05/11/2022, 08:58
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de ameaças de bolsonaristas, na última quinta-feira (3), em Santa Catarina. Ele estava em um restaurante no município de Porto Belo, jantando com amigos, quando começou a ser hostilizado. Mesmo saindo do restaurante, ele foi perseguido e o grupo de bolsonaristas se deslocou até o local onde ele estava hospedado. Eles fizeram barulho e o trânsito foi afetado.
Confira uma nota emitida, nesta sexta-feira, pelo gabinete do Ministro:
O ministro Luís Roberto Barroso estava em Porto Belo, Santa Catarina, na última quinta-feira (3) para compromisso pessoal. Quando jantava com amigos em um restaurante, pessoas que participavam de bloqueios de estradas e que foram dispersadas iniciaram um protesto do lado de fora, e o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local.
Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.
A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local.
O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro.
A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir.