No meio da ‘janela’, deputados do Paraná trocam de partidos
Lideranças têm até 1º de abril para mudar de sigla; nos próximos dias, outros representantes devem deixar seus partidos.
Publicado: 15/03/2022, 17:08
Lideranças têm até 1º de abril para mudar de sigla; nos próximos dias, outros representantes devem deixar seus partidos
Transcorrido metade do prazo para a 'janela' de trocas de partido, nove parlamentares paranaenses já mudaram de legenda. Desses, seis são deputados federais e três estaduais. A maioria migrou para siglas da área de influência do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e do presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), ambos pré-candidatos à reeleição. O número deve crescer ainda mais até 1º de abril, quando acaba o período em que é permitido a mudança sem risco de perda de mandato por infidelidade.
No último sábado, o Progressistas (PP) promoveu festa para filiar quatro parlamentar Ricardo Barros. O PP deve apoiar a reeleição do presidente e do governador. A lista de parlamentares filiados inclui os deputados estaduais Guto Silva (ex-PSD) e Tião Medeiros (ex-PSDB); e os federais Christiane Yared (ex-PL), Evandro Roman (ex-Patriota) e Pedro Lupion (ex-DEM). Silva disputa a indicação de candidato de Ratinho Junior ao Senado, mas o governador tem um pré-acordo para apoiar a reeleição do senador Alvaro Dias (Pode). Os demais parlamentares disputam à reeleição para a Assembleia Legislativa e Câmara.
Já o Partido Social Democrático (PSD), de Ratinho Junior, filiou as deputadas federais Leandre (ex-PV) e Luíza Canziani (ex-PTB). A legenda do governador ensaia lançar a pré-candidatura do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, hoje no PSDB, à presidência. Mas o paranaense tende a apoiar a reeleição de Bolsonaro. Ambas as parlamentares integram a base do presidente na Câmara.
O deputado estadual Márcio Pacheco deixou o Partido Democrático Trabalhista (PDT) – que tem o ex-ministro Ciro Gomes como pré-candidato à presidente – para se filiar ao Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. A sigla também integra a base de Bolsonaro.
Já o deputado federal e ex-prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, deixou o Republicanos – para se filiar ao Solidariedade, partido que deve apoiar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Dos parlamentares paranaenses que mudaram de partido até agora, ele foi o único a não migrar para uma legenda que apoia Bolsonaro.
Movimentação
Nas próximas duas semanas, deputados ainda devem trocar de legenda. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Paraná, por exemplo, que deve fechar apoio a Lula indicando o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice do petista, deve sofrer uma debandada na Assembleia Legislativa. Todos os cinco parlamentares da sigla – os deputados Luiz Cláudio Romanelli, Artagão Júnior, Tiago Amaral, Alexandre Curi e Jonas Guimarães – devem se filiar ao PSD de Ratinho Junior. O PSB ainda negocia a formação de uma federação com o Partido dos Trabalhadores (PT), que apoia a pré-candidatura do ex-governador Roberto Requião ao Palácio Iguaçu - ele se filia ao PT em 18 de abril, em Curitiba.
Com informações: Bem Paraná.