Família espalha cartazes e pede justiça para engenheiro morto
Os outdoors foram pagos por amigos e conhecidos do empresário.
Publicado: 17/11/2021, 10:23
Os outdoors foram pagos por amigos e conhecidos do empresário
Às vésperas do júri popular, que está marcado para o próximo dia 22 de novembro, familiares do empresário Douglas Regis Junckes voltaram a espalhar outdoors por Curitiba e pedir justiça. Morto aos 36 anos, Douglas foi baleado pelo vizinho Antônio Humia Dorrio em uma tarde de domingo, 20 de maio de 2018, no bairro Juvevê. O acusado responde ao processo em liberdade.
O caso corre no Tribunal do Júri de Curitiba, onde, em julho de 2019, o juiz Daniel Surdi Avelar, que pronunciou Dorrio por homicídio. A defesa do réu, porém, recorre da decisão sob argumento de que o vizinho agiu em legítima defesa.
Segundo denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), o Dorrio matou Douglas em uma discussão banal, ‘pelo simples fato da vítima estar ouvindo música em volume considerado incompatível pelo indiciado, o qual apresentou reação totalmente desproporcional ao ocorrido’.
Eduardo Junckes, irmão da vítima, diz que não há justificativa minimamente razoável para o crime.
“Meu irmão era uma pessoa muito agradável que tinha ótimo relacionamento com vizinhos e colegas de trabalho. Viemos de uma família de valores virtuosos e Douglas sempre foi prestativo e querido por todos. Mesmo que tivesse havido um som que causou algum incômodo, porque não ligou para o síndico ou fez uma reclamação à polícia? O que aconteceu foi um crime horrível e a sociedade não pode aceitar que isso seja algo normal”, diz.
Advogados emitem nota
Os advogados Adriano Bretas e Pedro Porto esclarecem primeiramente que o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná afastou as qualificadoras da acusação, reconhecendo, categoricamente, que o som alto não foi o motivo da morte de Douglas Junkes. E sim o início de uma sucessão trágica de eventos que agora serão julgados pelo Tribunal do Júri de Curitiba.
É preciso esclarecer que havia um histórico de reclamações por perturbação de sossego (som alto) naquele condomínio contra Douglas Junkes.
No dia dos fatos, houve uma discussão acalorada que evoluiu para luta corporal, precipitada por Junkes, que resultou na disputa pela posse da arma. A partir daí, disparos atingiram tanto Antônio Humia Dorrio quanto Douglas Junkes, que infelizmente veio a óbito.
Por fim, o julgamento será o momento oportuno para esclarecer uma série de controvérsias constantes nos laudos periciais anexados ao processo.
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