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Musicoterapia: técnica que auxilia no trabalho de parto

A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizados pela Política Nacional de Humanização.

A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizados pela Política Nacional de Humanização.
A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizados pela Política Nacional de Humanização. -

Da Redação

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A inclusão da dança no trabalho de parto integra a estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizados pela Política Nacional de Humanização

É comum viralizar nas redes sociais vídeos de mulheres dançando enquanto estão em trabalho de parto. O que muitos não sabem é que a técnica, conhecida como musicoterapia, traz diversos benefícios físicos e emocionais para a gestante. É o que explica Mônica Okada, enfermeira e coordenadora do curso de enfermagem da Unopar. “A dança provoca a liberação de hormônios como a ocitocina e endorfina, que levam ao alívio da dor e ao relaxamento, que são de extrema importância no momento do trabalho de parto, pois eles acabam gerando menos dor para as parturientes”, diz Mônica. 

A enfermeira destaca que os movimentos da dança trazem importantes contribuições, como melhoria da densidade óssea, melhora da respiração e digestão, ajudando no fortalecimento muscular, melhorando a circulação sanguínea da gestante, principalmente nos membros inferiores e, também, melhora a flexibilidade. Além disso, os movimentos da dança ajudam a reduzir o estresse e a ansiedade. A especialista explica que há poucas restrições para o procedimento. “Dançar gera pouco impacto, portanto, é recomendado para todo o período de gestação, incluindo o processo de trabalho de parto. Só não é recomendado para as gestantes que possuem problemas gestacionais como o risco de aborto ou trabalho de parto prematuro. Com esses casos específicos o repouso absoluto é necessário para a segurança da gestante e do bebê”, explica a especialista. 

Mônica diz que não existem restrições quanto ao ritmo da música; o repertório musical é de livre escolha da gestante. “Escolha a música que ajude você a relaxar, pois isso melhora muito a respiração, que é essencial no início do trabalho de parto. Podem ser ritmos suaves, mas também músicas mais agitadas, pois ajudam na fase ativa do parto. Vale até mesmo rebolar para contribuir para uma pelve relaxada, o que facilita a descida e o encaixe do bebê, aliviando a tensão e a dor”, destaca.

A dança é uma atividade física reconhecida pelo Ministério da Educação, regulamentada e habilitada pelo Sistema CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) e CREF’s (Conselhos Regionais de Educação Física), órgãos responsáveis por assegurar que as atividades físicas sejam socialmente reconhecidas. 

Incluir a dança no processo de parturição faz parte da estratégia de humanização da assistência ao parto e nascimento preconizado pela Política Nacional de Humanização. “A música permite momentos de relaxamento, de acordo com o ritmo tocado, favorecendo o controle da respiração consciente durante as contrações. Em outros momentos, em um ritmo mais animado, permite a intensa e alegre movimentação do corpo e da pelve da mulher deixando-a mais ativa durante as contrações e verticalizando o seu corpo, acelerando o trabalho de parto de maneira menos intervencionista. A mulher se torna a protagonista do seu processo de parturição e aprende a controlar a dor por meio deste método”. 

A pesquisa Nascer no Brasil, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), afirma que 45% das gestantes sofreram violência obstétrica no país. A enfermeira Adriana Rufino Moreira defende que ações de humanização, como a inclusão da musicoterapia, são de extrema importância durante todo o trabalho de parto, no parto e no puerpério. “Dançar só traz benefícios para a mulher no processo de parto. Um ponto que devemos deixar claro é que a presença do acompanhante 24h é essencial, pois proporciona o suporte físico e emocional, evitando a realização de procedimentos cirúrgicos sem necessidade, reduzindo a taxa de cesárea e contribuindo para diminuir a mortalidade materna e fetal”, conclui a especialista.

Com informações: Assessoria de Imprensa.

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