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Covid-19 e taxa Selic impactam mercado imobiliário

Consumidor está cauteloso, mas a queda da taxa de juros, oferta de crédito barato e carência estendida animam setor da construção civil

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Fernando Rogala

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Consumidor está cauteloso, mas a queda da taxa de juros, oferta de crédito barato e carência estendida animam setor da construção civil

O mercado imobiliário encerrou 2019 e começou o ano de 2020 com dados animadores. As projeções de vendas e a expectativa do setor apontavam crescimento de 3%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A pandemia do novo Coronavírus mexeu com o segmento, mas o cenário brasileiro não é tão pessimista.

Pesquisa feita pela Associação Para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil (ADIT Brasil) mostra que 45% das pessoas que tinham intenção de comprar uma casa ou apartamento no período que antecedeu a chegada da Covid-19 ao Brasil desistiram momentaneamente da aquisição, diante das incertezas do período.

No entanto, 55% mantém o desejo de comprar o imóvel próprio; o que traz um cenário de otimismo – devido às características do momento - e de oportunidade para as empresas da construção civil.

Atrativos

A análise mostrou que alguns fatores podem acalmar o mercado, como a disponibilidade de crédito barato. No dia 06 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, de 3,75% para 3% ao ano, nova mínima histórica.

Outras novidades que devem influenciar o setor são o prazo de carência de seis meses para financiamentos de imóveis novos, anunciado pela Caixa Econômica Federal, e o montante de R$ 43 bilhões destinados aos programas de crédito imobiliário.

“Esse tempo de carência para pessoas e empresas devem ajudar a manter o emprego de 1,2 milhão de trabalhadores na construção civil”, conta o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

É preciso se diferenciar

Mesmo em cenários conturbados, há quem busque alternativas para driblar os problemas. “Quem agregar valor ao cliente, mantê-lo ativo com informações, novidades e segurança em todas as negociações terá a preferência do consumidor quando a economia voltar a funcionar normalmente”, explica a advogada especialista em Direito Imobiliário, Morgana Borssuk - sócia do escritório Borssuk & Marcos, em Curitiba.

Como a transação de um imóvel costuma demorar alguns meses, o reflexo nas vendas pode não ser tão ruim. “A construção civil pode ser o alicerce para não deixar a economia do país afundar. Se neste momento for preciso dar um ‘pause’, quando colocar um ‘play’ o setor vai sair na frente”, diz José Carlos Martins, presidente da CBIC.

Tour virtual

Outra facilidade que pode manter os negócios em movimento envolve as soluções digitais. Anúncios de qualidade, fotos profissionais, sistemas digitalizados dentro das imobiliárias e acessíveis na palma da mão dos corretores dão agilidade aos trabalhos e facilitam a vida do consumidor.

“Neste momento de isolamento social em que as visitas presenciais se tornam cada vez mais raras, é fundamental estar conectado aos possíveis clientes, usar a tecnologia e redes sociais para mostrar as novidades, os diferenciais de cada imóvel, as tendências do mercado e oferecer prestação de serviço em vez de sufocá-los com tentativas de negócios”, destaca a advogada Morgana.                                                                  


Tempo para recuperação

Segundo o estudo da ADIT Brasil, 86% dos entrevistados pretendiam investir no ramo imobiliário em 2020 antes da chegada da pandemia. Agora, 53% acreditam que o mercado se recupere dos efeitos da Covid-19 entre seis a 12 meses.

Nesse contexto, percebe-se que a intenção de compra do consumidor foi afetada, pois todos estão vivendo um novo momento e aprendendo com isso. “Por outro lado, ainda que leve alguns meses, as aquisições de imóveis permanecem no desejo de compra do brasileiro que possui uma tradição muito grande quando o assunto é casa própria”, aponta Morgana.

Pedro Guimarães também informa que o banco poder estender prazos e flexibilizar medidas, se a crise se estender. A Caixa vai agir e reagir à crise. “Se a situação ficar mais grave, poderemos sim ampliar as linhas de crédito”, finaliza.

As informações são da assessoria de imprensa

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