Saúde de Ponta Grossa tem forte potencial para o fluxo turístico

A conselheira de Turismo do Grupo aRede, Karen Kobilarz, afirma que Ponta Grossa tem potencial para se posicionar como destino acolhedor, funcional e integrado dentro do sistema de 'turismo de saúde', que a especialista diz ser um segmento em expansão pelos seguintes argumentos: envelhecimento populacional, alto custo de sistemas de saúde e capacidade de acolhimento.

O debate é referente a reportagem especial do Portal aRede. Para Karen, cidades que conseguem ofertar serviços médicos aliados a hospitalidade, bons serviços urbanos e turismo fortalecido, se destacam entre as demais.

Confira abaixo a opinião na íntegra de Karen, que é bacharel em Turismo, consultora do Sebrae e Senar PR, além de gestora executiva do Adetur Campos Gerais:

"O turismo de saúde é um segmento em franca expansão no mundo, impulsionado pelo envelhecimento populacional, pelo aumento dos custos dos sistemas de saúde em países desenvolvidos e pela busca por tratamentos de qualidade aliados a bem-estar, acolhimento e experiências diferenciadas. Milhões de pessoas cruzam fronteiras anualmente em busca de serviços médicos, terapêuticos, preventivos e de reabilitação, movimentando bilhões de dólares e gerando impactos econômicos relevantes nas cidades receptoras. Esse segmento engloba turismo médico, turismo de bem-estar, reabilitação, cuidados continuados e saúde preventiva, exigindo integração entre saúde, turismo, hospitalidade e serviços urbanos.

Sua importância reside na capacidade de gerar fluxo turístico contínuo, com permanência média elevada, gasto diário superior ao turismo convencional e forte efeito multiplicador na economia local. Além disso, fortalece cadeias produtivas, estimula inovação, qualifica serviços e melhora a infraestrutura urbana, beneficiando residentes e visitantes.

Nesse contexto, Ponta Grossa apresenta perspectivas promissoras para o turismo de saúde nos próximos anos, considerando sua posição estratégica nos Campos Gerais, a presença de hospitais, clínicas especializadas, centros universitários, custos competitivos, qualidade de vida e aos recentes anúncios de investimentos no setor. Para consolidar-se nesse segmento, o município deve investir em planejamento integrado, governança entre saúde e turismo, qualificação profissional, promoção do destino e adequação da infraestrutura urbana e turística.

Além dos serviços de saúde propriamente ditos, o turismo de saúde demanda uma ampla oferta de produtos e serviços voltados a acompanhantes e familiares, como meios de hospedagem adaptados para longas estadias, restaurantes com alimentação saudável, serviços de transporte acessível, locação de veículos, espaços de descanso, áreas verdes, atividades culturais leves, comércio, farmácias, serviços de apoio domiciliar, além de conectividade digital e segurança. Preparar-se para esse segmento significa posicionar Ponta Grossa como um destino acolhedor, funcional e integrado, capaz de transformar saúde em desenvolvimento territorial sustentável".

CONSELHO DA COMUNIDADE

Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.

Conheça mais detalhes dos membros do 'Conselho da Comunidade' acessando outras notícias sobre o projeto.

LEIA ABAIXO UM RESUMO DA NOTÍCIA

- Crescimento do turismo de saúde: O segmento está em expansão global devido ao envelhecimento da população, aos altos custos dos sistemas de saúde em países desenvolvidos e à busca por tratamentos de qualidade aliados a bem-estar, hospitalidade e boas experiências.

- Potencial de Ponta Grossa: A cidade reúne condições favoráveis para se destacar no turismo de saúde, como localização estratégica, rede de hospitais e clínicas, centros universitários, custos competitivos, qualidade de vida e novos investimentos no setor.

- Necessidade de integração e planejamento: Para se consolidar como destino acolhedor e funcional, Ponta Grossa precisa investir em governança integrada entre saúde e turismo, qualificação profissional, infraestrutura urbana e turística, além de serviços voltados a pacientes, acompanhantes e familiares.