Hospital de Castro deixa de atender gestantes de risco intermediário | aRede
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Hospital de Castro deixa de atender gestantes de risco intermediário

Em entrevista coletiva, o prefeito eleito Dr. Reinaldo Cardoso e o futuro secretário de Saúde Dr. Matilvani Moreira cobraram a volta dos atendimentos no Hospital Anna Fiorillo Menarim

Coletiva aconteceu nesta sexta-feira (27), em Castro
Coletiva aconteceu nesta sexta-feira (27), em Castro -

João Iansen

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O prefeito eleito de Castro, Dr. Reinaldo Cardoso (MDB), ao lado do futuro secretário de Saúde, Dr. Matilvani Moreira, e do futuro secretário de Governo, Ricardo Cardoso Filho, realizaram uma coletiva de imprensa para mostrar dados e detalhar a atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim, que atualmente é gerido pelo Instituto Moriah, além de pedir a volta do atendimento para gestantes de risco intermediário.

Durante a coletiva, Matilvani explica que de acordo com a Comissão Intergestores Tripartite da 3ª Regional de Saúde de Ponta Grossa, em ata publicada em 8 de novembro de 2024, por solicitação da administração do local, informou que a Maternidade não iria mais atender casos de gestantes com risco intermediário, prestando serviços apenas para casos de risco habitual. Desta maneira, conforme explica Matilvani, casos como de gestantes menores de 15 anos, maiores de 40 anos, pessoas com baixa escolaridade, em vulnerabilidade social, indígenas, quilombolas, imigrantes, tabagistas, entre outros casos, passaram a não serem atendidos pelo Hospital.

O prédio e equipamentos estão alugados para o uso do Instituto Moriah desde dezembro de 2022, pelo valor mensal de R$ 25 mil. O contrato tem duração de 10 anos. O futuro Secretário de Saúde ainda conta que, através de documentos divulgados pela própria Secretaria de Saúde, foi possível constar que não foram pagos os aluguéis dos últimos 18 meses, totalizando um valor aproximado de R$ 450 mil. Ainda, de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, a Prefeitura Municipal emprestou ao Hospital materiais que somam o valor superior a R$ 68 mil. A empresa também afirmou que o déficit mensal da empresa chega a R$ 500 mil. 

O futuro secretário ainda conta que, no dia 26 de dezembro, foi realizada uma reunião com representantes da instituição. “Sem juízo de valor ou buscar culpados, preocupa-nos o futuro da empresa. Conforme o presidente da empresa, se nada for feito a situação financeira se tornará insustentável. Com isso, o prefeito eleito Dr. Reinaldo Cardoso pediu documentos que comprovem o déficit mensal, planilhas mensais de 2024 com gastos do Hospital, solicitamos informações sobre os pagamentos de funcionários e prestadores de serviços. Por fim, criamos uma proposta de Plano Municipal de Atendimento Materno-Infantil para traçar caminhos para que o Hospital volte a atender gestantes de risco intermediário”, afirma Dr. Matilvani Moreira.

“O desafio da nossa gestão é buscar meios para reestabelecer o equilíbrio financeiro do Hospital Anna Fiorillo Menarim, em conjunto com o Instituto Moriah. Também é uma exigência minha e do Dr. Reinaldo que o atendimento a gestantes de risco intermediário volte a ser disponibilizado”, completa o futuro secretário de Saúde.

O prefeito eleito Dr. Reinaldo Cardoso ainda explica que no contrato assinado em 2022, existe a obrigatoriedade de ser feito atendimento para gestantes de risco intermediário. “Quando eles mudaram isso, a Prefeitura não exigiu que fosse executado o contrato, então agora estamos cobrando isso”, detalha.

Em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã, Reinaldo Cardoso afirmou que a sua gestão, que assume a partir de 1º de janeiro de 2025, não concorda com a mudança feita no atendimento, mas afirma que pretende manter o contrato e recuperar o equilíbrio financeiro do Hospital. “O contrato diz que é preciso atender gestantes de risco intermediário, nós vamos honrar o contrato, mas sabemos que existem custos para isso. A Prefeitura não pode ficar alheia a isso, temos que ser parceiros, mas fazer da forma correta, vamos apoiar o Hospital para que ele continue, ainda há oito anos de contrato, temos essa obrigação”, completa.

GALERIA DE FOTOS

  • Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
    Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
  • Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
    Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
  • Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
    Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
  • Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
    Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
  • Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
    Durante a entrevista, foram mostrados dados e detalhamentos da atual situação do Hospital Anna Fiorillo Menarim.
 

SOLUÇÕES - Para retornar ao modelo de atendimento a gestantes de risco intermediário, é necessário a contratação de uma equipe que esteja presente 24 horas no Hospital. De acordo com Matilvani, é preciso médicos obstetras, enfermeiras especializadas e pediatras. “Estamos encontrando uma maternidade sem profissionais necessários. Nós queremos que a população tenham o direito de serem atendidas, assim como seus bebês, esse é nosso questionamento, pois fomos pegos de surpresa”, conta o futuro secretário.

Conforme o contrato assinado entre a Prefeitura Municipal de Castro e o Instituto, são repassados R$ 900 mil mensalmente. O prefeito eleito explica que a contratação dos profissionais é uma obrigação do Hospital, mas afirma que se for necessário o valor de repasse será ampliado. “Nós queremos analisar os números de gastos, desde que haja realmente a necessidade, iremos ampliar. Precisamos fazer isso legalmente e realizar alterações no contrato, mas não podemos deixar a situação como está. Não podemos prometer que dia 02 de janeiro a maternidade vai voltar a atender risco intermediário, mas nosso compromisso é retomar esse atendimento no menor prazo possível”, finaliza Dr. Reinaldo Cardoso.

Com supervisão de Rodolpho Bowens.

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