Robustez garante crescimento da DAF junto ao agronegócio
Vendas da montadora aumentam em 25% neste ano, contra uma retração do mercado nacional. Caminhões apresentam grande robustez para encararem o transporte de produtos do agronegócio, como para o escoamento da safra e o setor madeireiro
Publicado: 29/12/2023, 16:22
A DAF Caminhões Brasil está encerrando o ano de 2023 com um movimento inverso ao do mercado nacional. Enquanto a venda de caminhões no país caiu em 16,3% até novembro, baixando de 112,5 mil emplacamentos, em 2022, para 94,0 mil neste ano, a montadora que possui sua unidade fabril em Ponta Grossa registrou uma elevação de 25,7% nas vendas, ao passar de 5.958 unidades emplacadas (2022) para 7.480 (2023). No segmento de caminhões pesados, que a DAF tem sua maior participação, foram 6.589 modelos XF emplacados neste ano, o que corresponde a 14,08% do mercado, contra uma participação de 9,7% até novembro de 2022 (5.530 unidades vendidas). Enquanto o XF 530 é vice-líder nacional de vendas, o XF 480 ocupa a quarta colocação entre os pesados.
Esse crescimento de mercado ocorre pelo reconhecimento da excelência da marca na qualidade de construção dos modelos, como caminhões muito resistentes, com baixo consumo de diesel e que têm alta disponibilidade, ou seja, têm menor número de paradas não programadas. Isso garante a melhor relação custo x benefício do mercado, que se soma ao reconhecido conforto dos modelos. Tudo isso é essencial para operar fora da estrada, ou seja, em operações de estradas de terra, para o escoamento da safra e da produção rural. Em um país com extensões continentais, são mais de um milhão de quilômetros de estradas não pavimentadas, havendo a necessidade de caminhões mais robustos para esse transporte.
No caso da DAF, os caminhões já foram desenvolvidos pensando nesse uso em estradas de chão, explica o Gerente de Planejamento de Produtos e Engenharia de Vendas da DAF Caminhões Brasil, Alekson Felício. “O transporte de produtos do agronegócio apresenta a característica de viagens em estradas de terra ou não pavimentadas. Para a DAF, essa particularidade foi levada em consideração no momento de desenvolvimento dos caminhões, sempre focado na maior disponibilidade dos veículos”, explica. “Os modelos são equipados com admissão de ar do motor ciclônica, com objetivo de filtrar até 80% das partículas antes de chegarem ao filtro de ar do motor, prolongando sua vida útil”, completa.
Outros dois pontos de destaque dos caminhões DAF são o para-choque em aço galvanizado, que oferece maior resistência a pequenos impactos comuns nesse tipo de aplicação, e um excelente ângulo de ataque para vencer os obstáculos. “Essas características oferecerem maior versatilidade ao frotista com a alta performance no momento de condução em rodovias pavimentadas”, reforça o gerente.
A região dos Campos Gerais tem municípios líderes em produção em âmbito estadual e nacional, como Tibagi que é o maior produtor de soja do Paraná (em 2021 e 2022) e o maior produtor de trigo do país. Esse fato de ser referência nacional no agronegócio, aliado ao fato de que a DAF tem sua fábrica em Ponta Grossa, faz com que a empresa tenha grande participação na atuação do agro regional. Mas essa característica não fica restrita aos Campos Gerais. “A base de clientes da DAF teve início na região dos Campos Gerais e se mantém muito forte devido à alta performance dos caminhões. Além disso, regiões como Centro-Oeste e Nordeste tiveram grande aceitação da marca DAF, pois são localidades com segmentos muito fortes no agronegócio, o que demanda maior robustez dos caminhões”, acrescenta Alekson Felício.
SETOR MADEIREIRO
Outra aplicação que a DAF se destaca é no setor madeireiro. Telêmaco Borba, município da região dos Campos Gerais, é a cidade que mais produziu madeira em tora no Brasil em 2022, com mais de 4 milhões de metros cúbicos. Para retirar toda essa madeira das florestas, em estradas de terra, é preciso ter caminhões mais reforçados e com maior capacidade no fora de estrada. É o caso do CF Off-Road, que além do ramo florestal, também é indicado para operações com cana-de-açúcar. “O modelo conta com ângulo de ataque de 23° graus, eixos trativos com cubos redutores, protetor de cárter, suspensão traseira para 26 toneladas, além do exclusivo modo Dual-Drive, o qual permite o caminhão performar com maior eficiência em terrenos de menor aderência”, explica o gerente Alekson Felício. Além das capacidades mecânicas, no interior da cabine, os bancos do modelo Off-Road são revestidos em vinil, proporcionando maior durabilidade e facilidade no momento da limpeza.