Castro e Carambeí elevam produção de leite em 6% | aRede
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Castro e Carambeí elevam produção de leite em 6%

Municípios ampliaram produção e se distanciaram na liderança, com participação de quase 2% do total nacional. Outras cidades da região também lideram na produção nacional em 2023, tanto na pecuária quanto na agricultura

Castro tem o maior rebanho de gado leiteiro do Brasil, com um total de 53,4 mil animais
Castro tem o maior rebanho de gado leiteiro do Brasil, com um total de 53,4 mil animais -

Fernando Rogala

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O município de Castro ampliou, por mais um ano consecutivo, a sua posição de líder na produção nacional de leite. No decorrer de 2023, o total produzido pela ‘Capital Nacional do Leite’ alcançou a marca de 454 milhões litros. Na comparação com o ano anterior, Castro aumentou sua produção em 6,24%, resultado de um incremento de 27,4 milhões litros frente aos 426,5 milhões litros registrados no decorrer de 2022. Os números são da Pesquisa da Pecuária Municipal 2023 (PPM), divulgada pelo IBGE.

Essa produção de leite registrada por Castro equivale a 1,28% de toda a produção nacional do líquido, com uma produção alcançada junto a um rebanho total de 53,4 mil vacas ordenhadas por parte dos produtores no município. No acumulado do ano, essa produção resultou em um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 1,26 bilhão, montante superior ao total de R$ 1,20 bilhão alcançado em 2022, segundo os dados da PPM.

Em Castro, a produção média de leite foi de 8.490 litros por vaca, valor quase quatro vezes superior à média nacional, de 2.254 litros por vaca, demonstrando todo o potencial de evolução genética desenvolvida ao longo dos anos. Além dessa média elevada, a liderança também é consolidada pelo fato de que Castro tem o maior rebanho leiteiro do Brasil, com 53.475 cabeças. Esse rebanho cresceu em 6% na comparação com 2022, quando o município contabilizou 50.449 vacas ordenhadas. A produção média por animal permaneceu estável, na casa dos 8,4 mil litros por vaca no ano.

Na comparação com os dois anos anteriores, o aumento ainda foi mais expressivo, de 19%: no decorrer de 2021, a produção foi de 381,7 milhões de litros, o que significou uma elevação de 72,27 milhões de litros de leite. Entre as dez cidades que mais produziram leite no Brasil em 2023, Castro teve o segundo maior crescimento na produção em termos percentuais em relação a 2022 (6,24%), e também teve o segundo maior crescimento em volume (27,4 mi/l).

Para o vice-governador do Paraná, Darci Piana, a cadeia leiteira de Castro e região desempenha um papel muito importante para a economia estadual. “Castro tem a maior produção de leite por metro quadrado desse país. Então isso representa muita coisa. Primeiro que é um alimento do dia a dia de todos os brasileiros, e segundo que tem uma enorme quantidade de gente que trabalha para cuidar disso. Mesmo com toda a tecnologia atual, há muita gente trabalhando e isso é muito importante para Castro, para Ponta Grossa, para o Paraná e todo o Brasil”, disse em entrevista ao Grupo aRede.

Para Darci Piana, toda essa força no agronegócio, não só no leite, mas também no trigo, na soja, na cevada e outros produtos, se reflete em investimentos industriais, movimentando toda a economia. “Toda essa produção de leite faz com que indústrias invistam aqui, como a queijaria, a maltaria, a Nissin. Isso mostra que estamos no caminho certo e atraindo outras empresas graças à produção que temos aqui. E atrás de toda essa produção, tem emprego, e gente que tem salário, gasta no comércio, que contrata mais, paga mais impostos, e isso se reverte em benefícios para os municípios”, conclui o vice-governador do Paraná.

Média de produção por animal é uma das maiores do país

O município de Carambeí também se manteve na segunda colocação na produção de leite no Brasil. No decorrer de 2023, um total de 269,8 milhões de litros de leite foram ordenhados. Na comparação com 2022, quando o total ordenhado alcançou 255,6 milhões de litros, o aumento na produção foi de 14,2 milhões de litros, o que representa um incremento de 5,56%. Seu valor de produção foi de R$ 755,7 milhões. Embora Carambeí tenha a segunda maior produção do Brasil, seu rebanho é apenas o 26º maior do país, com 27.178 cabeças. Assim, sua média de produção, na casa de 9.929 litros por animal, é uma das maiores do Brasil. O terceiro município que mais produziu leite no Brasil em 2023, mais uma vez, foi Patos de Minas com 211 milhões de litros ordenhados. A distância para Carambeí, que era de 56,6 milhões de litros, agora passou a ser 58,7 milhões de litros. Esse valor também expõe o fato de Castro produzir mais que o dobro da terceira colocada no Brasil – a produção da Capital Nacional do Leite é 115% superior à cidade que mais produz leite fora dos Campos Gerais. A quarta colocada nacional é Patrocínio (MG), com 144 milhões de litros. Outra cidade que ganhou destaque na produção nacional de leite foi Arapoti. A cidade, que foi a 10ª colocada do Brasil em produção do líquido em 2022, passou a ser a oitava colocada, superando Carmo do Parnaíba (MG) e Pompéu (MG). Sua produção, que foi de 110 milhões de litros de leite em 2022 passou a ser de 113,3 milhões de litros em 2023.

Região também lidera em trigo, fumo e mel

Quando o assunto é produção de grãos, a região tem o município que mais produziu trigo em 2023 no Brasil: Tibagi. Dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM) do IBGE confirmou que Tibagi produziu 108,8 mil toneladas do grão, deixando Itapeva (SP), na segunda colocação, com 100,8 mil toneladas. Castro foi a nona colocada no Brasil, com 72,6 mil toneladas, enquanto que Ponta Grossa foi a 21ª, com um total de 51,1 mil toneladas produzidas. Arapoti, por sua vez, foi a 24ª (48,9 mil toneladas).

Quanto ao fumo, por mais um ano seguido, São João do Triunfo foi o município que mais produziu no Brasil, com um total de 24,1 mil toneladas colhidas em 2023, valor que cresceu quase 20% em relação às 20,1 mil toneladas de 2022. A segunda colocada do país foi Canguçu (RS), com 21,9 mil toneladas. Outras cidades da região aparecem entre as 15 maiores produtoras do Brasil: Rio Azul, em 6º (16,4 mil t), Ipiranga em 9º (12,4 mil t), Prudentópolis em 10º (12,1 mil t), Irati em 11º (11,9 mil t) e Palmeira em 13º (11,3 mil toneladas).

Arapoti, por sua vez, é a cidade que mais gera riquezas no Brasil com a produção de mel. Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, referentes a 2023, apontam que o município gerou R$ 18,01 milhões em riquezas no decorrer do ano, em Valor Bruto de Produção. Esse montante é 16,6% superior ao VPB registrado por Santana do Cariri, no Ceará, segunda colocada no ranking, com um valor de R$ 15,4 milhões. Outros dois municípios dos Campos Gerais aparecem nesse ‘top 10’ nacionais: Ortigueira se destaca na quarta colocação, com um valor gerado de R$ 12,5 milhões, e Prudentópolis, na nona posição, com um valor bruto de R$ 6,46 milhões gerados.

Apesar de ter o maior valor, Arapoti não foi a líder em volume de produção: o município que mais produziu foi Santana do Cariri (CE), com 1,18 mil toneladas. Arapoti foi o segundo município que mais produziu, com 1,05 mil toneladas, valor que cresceu 6% em relação aos 991 mil quilos registrados em 2022. Ortigueira foi a quinta que mais produziu no Brasil, com um total de 785 mil toneladas, e Prudentópolis foi a 15ª nacional, com 380 mil quilos.

Tibagi é a maior produtora de soja no Sul

Já em relação à soja, o município que mais produziu o grão no Sul do Brasil também foi Tibagi. Em uma área exata de 100 mil hectares plantados em 2023, foram produzidas 416,4 mil toneladas de soja, valor que foi o 70º maior do país. A segunda cidade que mais produziu soja na região foi Ponta Grossa, com 275,6 mil toneladas, se destacando na quarta posição estadual – atrás também de Guarapuava e Cascavel.

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