UEPG prioriza a inclusão e investe em ações que beneficiam a sociedade | aRede
PUBLICIDADE

UEPG prioriza a inclusão e investe em ações que beneficiam a sociedade

Além de ser pioneira em iniciativas junto aos alunos, a Universidade Estadual de Ponta Grossa administra o Hospital Universitário, que atende toda a população da região; realiza ações culturais e desenvolve outras iniciativas que impactam toda a comunidade

A UEPG é a primeira universidade do sistema de ensino superior público do Paraná a criar uma Pró-reitoria de Assuntos Estudantis
A UEPG é a primeira universidade do sistema de ensino superior público do Paraná a criar uma Pró-reitoria de Assuntos Estudantis -

Fernando Rogala

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Mais do que oferecer ensino de qualidade ao longo dessas cinco décadas e meia de história, com profissionais de referência em todo o mundo, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se destaca por ser referência em inclusão e por todos os projetos e ações que desenvolve, gerando reflexos em toda a comunidade. São esses tópicos que aborda a segunda parte da websérie especial “UEPG 55 anos – Formação e Transformação”, realizada pelo Grupo aRede. O conteúdo audiovisual traz histórias contadas pelas pessoas que fazem parte dessa transformação e foram impactadas pela instituição desde que foi fundada, em 6 de novembro de 1969.

Confira o segundo episódio:

VÍDEO
Websérie especial “UEPG 55 anos – Formação e Transformação” mostra a história e o desenvolvimento da instituição | Autor: aRede
 

Junto aos alunos, a Universidade Estadual de Ponta Grossa é referência em inclusão. A UEPG é a primeira universidade do sistema de ensino superior público do Paraná a criar uma Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae). Com isso, desde 2019, a Prae tem uma equipe especializada para atender às demandas dos estudantes, nos âmbitos acadêmico e social. E isso faz muita diferença para quem é aluno, como explica Luiz Carlos Batarse, aluno indígena do primeiro ano de medicina.

“Eu vejo isso como um ponto-chave, essencial, indispensável a Pró-reitoria. A gente sabe que a realidade não é a mesma, a cultura não é a mesma. Eu mesmo quando ingressei encontrei bastante dificuldade devido à cultura e se não fosse a Pró-reitoria ter me dado apoio, eu acredito que eu teria desistido, para ser sincero. Quando eu vim pra cá, eu me deparei com várias dificuldades, mas assim, eu tive a tranquilidade e a ciência de saber que tinha alguém aqui que eu podia contar, que era a Pró-reitoria”, revelou ele, que é oriundo da Aldeia Indígena Mococa, do povo Kaingang, no município de Ortigueira.

Para o ingresso de alunos na instituição, desde 2022, a UEPG aperfeiçoou a sua política de cotas. As vagas são em 5% para candidatos com deficiência; 5% para candidatos que se autodeclarem negros; 10% para candidatos que se autodeclarem negros oriundos de Instituições Públicas de Ensino; 40% aos candidatos oriundos de Instituições Públicas de Ensino; e 40% destinadas à concorrência universal. 

Uma das beneficiadas por esse sistema de cotas é Ana Flávia Lino, que cursa o sexto ano de Medicina. “Tive uma luta bem árdua para chegar até aqui. Eu entrei por cotas raciais, mas foi muito difícil. Foram quatro anos tentando, mas tive a minha família me ajudando, me dando bastante apoio. E quando consegui, foi a maior alegria de todas, foi uma concretização ali de um grande sonho”, explicou a jovem, que é natural de Maringá.

Na avaliação dela, a política de cotas tem grande relevância, devido às realidades sociais diferentes. “Quando eu dizia que queria medicina, as pessoas falavam que não era para mim ou que era muito difícil, para tentar outra coisa, e eu me questionava, porque você olha ao redor e fala: cadê o meu semelhante ali representando, e você não tem. Então a cota possibilita oportunidade para todo mundo. A gente tem realidades completamente diferentes e precisa de ter esse apoio”, completou a estudante.

Outra forma de ingresso na UEPG acontece pelo Processo Seletivo Seriado, mais conhecido simplesmente por ‘PSS’. Nessa modalidade, o estudante realiza provas no primeiro, segundo e terceiro anos do ensino médio. Em 2000, a UEPG foi pioneira na oferta do PSS no Paraná.

CULTURA

E não é só no ensino que a UEPG se destaca. No aspecto cultural, um dos eventos mais conhecidos da instituição é o Festival Nacional de Teatro. Realizado de forma ininterrupta desde 1973, o Fenata realizou neste mês novembro a sua 51ª edição. Outro projeto cultural de destaque é o FUC, o Festival Universitário da Canção, criado em 1980 pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), e organizado pela UEPG desde 1995. 

Maria da Conceição Ribas de Figueiredo, vulgo Dona Netinha, é atriz e participou do primeiro Fenata, como espectadora. Com a experiência de 96 anos de idade, ela acompanhou a evolução do Festival através dos anos. “A primeira memória do Fenata? Foi quase que uma revolta na cidade! Porque só se falava no Fenata, e teve grande repercussão também. Sei que era uma novidade para nós, principalmente para quem gosta de teatro, a ponto de dizer que tinha aquelas apresentações na rua, tinha apresentações no Cine Ópera, a ponto de faltar lugar”, recorda a atriz.

Para ela, entre os principais diferenciais do Festival e do teatro para os expectadores é a comunicação e o desenvolvimento intelectual. “O Fenata de hoje, eu já achei um pouco diferente dos outros que claramente eu assisti (...). Mas o Fenata é uma coletânea de teatro, então o que representa pra mim assim, que parece que eu levantei meus pés do chão, sabe? Eu fico elevada, eu aprecio o trabalho, e assim eu vou passando. O Fenata, para mim, é um prêmio para a cidade”, completa.

CIÊNCIA

Em outro aspecto, pelo Departamento de Geociências, por exemplo, houve a contribuição da UEPG para a astronomia internacional, com conquistas mundialmente conhecidas, como por exemplo a descoberta de um exoplaneta e a medição do tamanho do Sol com maior precisão. Dessas conquistas, o professor Marcelo Emílio, diretor do Observatório Astronômico da UEPG, fez parte.

“Temos a descoberta do primeiro exoplaneta 100% brasileiro, é um exoplaneta tipo o planeta Júpiter, que a gente fala, gigante e gasoso. O primeiro anel em torno do asteroide, nisso a gente tem participação da descoberta: foram sete observatórios do mundo que fizeram essa descoberta, e um deles aqui a UEPG. A gente mediu o tamanho do Sol, a gente tem pesquisa em astrobiologia e a gente tem pesquisa em instrumentação também”, explica o professor.

Além disso, Emílio revela a contribuição com pesquisas importantes, que impactam para a população mundial. “Outro ponto é que estamos aprendendo mais sobre o universo, em particular. Por exemplo, o Sol, que é importante, o tamanho e a forma, porque o Sol, se ele variasse o tamanho dele, varia a temperatura e, consequentemente, a temperatura da Terra. Então, a gente descartou, por exemplo, que o aquecimento global vem do Sol. Não vindo o Sol, pode vir, ou de alguma coisa da Terra, ou da contribuição humana, por exemplo”, esclarece.

Entre janeiro e outubro deste ano, mais de 39 mil atendimentos foram realizados pelo HU no ambulatório
Entre janeiro e outubro deste ano, mais de 39 mil atendimentos foram realizados pelo HU no ambulatório |  Foto: Aline Jasper/UEPG

SAÚDE

Por outro lado, no âmbito da saúde, a UEPG administra o Hospital Universitário, referência como Hospital de Ensino e em inovações na saúde. O HU-UEPG atende a uma população superior a 750 mil habitantes e foi fundamental durante a pandemia de Coronavírus, entre 2019 e 2021, com mais de 90 leitos destinados ao tratamento de pessoas infectadas com a doença. Somente neste ano, até outubro, o HU realizou 39,4 mil atendimentos relacionados com ambulatório. A média mensal é de 8,2 mil consultas, 1,3 mil internações, 560 cirurgias e 140 partos. Além disso, entre exames, a média é de 8,3 mil de sangue e 2,4 mil de imagem.

Durante o ano, novos investimentos foram anunciados, para realizar ampliar os atendimentos: a UEPG terá o primeiro Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Universitário do Brasil, que já recebeu investimentos de R$ 14 milhões. Em julho, a Ministra da Saúde, Nísia Trindade esteve no Hospital Universitário para o anúncio de R$ 7,8 milhões, destinados à construção do Centro Especializado em Reabilitação (CER-4) no Hospital Universitário. O campus ainda recebe a construção da sede da Polícia Científica (Instituto de Criminalística e IML) e de um Centro de Anatomia para aulas e pesquisas desenvolvidas nos cursos da área da saúde, com quase R$ 14 milhões já aplicados. 

Entre os beneficiados com os atendimentos do HU está Breno. Em 2021, então com 12 anos, Ele teve covid e ficou internado por uma semana, onde recebeu os cuidados da equipe do HU, como explicam os seus pais, Flávio e Ivete Rodrigues. “Naquele momento que a gente mais precisou, eles foram sensacionais. Uma equipe médica muito boa; meu esposo que ficou com ele, durante todo o tempo que ele ficou no hospital, sempre chegava em casa, sempre comentava comigo, o nome de alguém que cuidou dele naquele dia. O hospital e toda a equipe estão de parabéns”, recorda.

Mais do que com o atendimento com o pequeno Breno, Ivete reforça a relevância do Hospital Universitário para toda a comunidade dos Campos Gerais. “O nosso episódio foi um episódio a par, porque era um momento muito difícil, né? Mas temos familiares e amigos que já precisaram do hospital e ele é muito importante, realmente, para a nossa região, para a nossa cidade. E eu acho que a UEPG está cuidando muito dessa questão, tendo todo esse cuidado com o hospital, para as pessoas que precisam realmente”, completou Rodrigues.

A estrutura do HU tem como nova unidade, desde setembro, o Ambulatório Universitário Amadeu Puppi. A instituição conta também com o Hospital Materno-Infantil, o Humai, antigo Hospital da Criança, que passou para a UEPG em 2021. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE