Conheça a ONG Além da Mesa: esporte e inclusão

A equipe do Viver Bem foi visitar e conhecer a Organização Não Governamental (ONG) Além da Mesa, instituição que oferece aulas de tênis de mesa gratuitas para pessoas com Síndrome de Down, esclerose múltipla, deficiências físicas e visuais, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Parkinson, surdos, Alzheimer, e mulheres em tratamento de câncer de mama.

Fabiano Gioppo, fundador do Além da Mesa, conta que o trabalho é totalmente voluntário e conta com diversas frentes para contribuir em uma experiência que integra esporte, lazer, saúde e socialização. Além dos treinos de tênis de mesa, o espaço também contempla uma parceria com a Faculdade Sant'ana, que oferta serviços de psicologia, fisioterapia, assistência social e nutricionista. 

ORIGEM - Fabiano compartilha que uma experiência pessoal no voluntariado o inspirou a criar o projeto, e com o apoio de amigos, o Além da Mesa surgiu. "A ONG surgiu há uns dois anos, após eu ter feito uma ação de tênis de mesa com alunos com Parkinson e síndrome de Down. Eu trabalho no Ginásio Jamal na Secretaria de Esportes com Paradesporto e, conversando com amigos, fui motivado a criar a ONG. Então, a partir desse momento, começamos a buscar um espaço e parceiros para que ela pudesse acontecer de verdade. Com o passar do tempo, comecei a divulgar para outras pessoas. 

INICIATIVA - O projeto Além da Mesa foi pensado para incluir alunos e familiares em um momento de encontro e empatia. "Iniciamos pensando na família, por isso chama-se Além da Mesa. O aluno vem praticar o tênis de mesa, e também pode ser atendido pelos outros serviços que oferecemos para seus familiares. A ideia é que seja um centro de encontro, de troca de experiência, socialização, para que eles possam entender e perceber que tem pessoas passando pela mesma situação, e o tênis de mesa faz com que eles tenham uma atividade física, motivando-os a treinar cada vez mais", afirma o fundador. 

ALUNOS - Os alunos possuem turmas específicas para cada modalidade e condição de saúde. Jacqueline Maia, cadeirante e aluna da ONG, afirma que participar do projeto a anima e mostra que é importante compartilhar histórias de vida para unir forças. "Minha cadeira de rodas tinha estragado, e eu contatei uma amiga que precisava consertar. Logo, ela me indicou um conhecido dela, que está aqui na ONG. Ele me trouxe aqui para visitar e conhecer o Além da Mesa, e eu gostei do projeto. Tem uma turma específica só para pessoas cadeirantes! É um ambiente em que todos nós podemos nos integrar e ver que podemos ter uma vida diferente com o esporte. A gente conversa, entende a história e ideias de vida um do outro, é bom ter alguém para conversar e se animar", explica Jacqueline.