Projeto da Estrada dos Alagados gera impasse entre Estado e Prefeitura | aRede
PUBLICIDADE

Projeto da Estrada dos Alagados gera impasse entre Estado e Prefeitura

Prefeitura destaca importância da obra e cobra agilidade na aprovação dos projetos para pavimentação da estrada, enquanto Secretaria diz que gestora do convênio precisa justificar os pedidos para finalizar tramitação

A retomada das obras da Estrada dos Alagados foi anunciada em outubro, com projeção de investimento de R$ 31 milhões
A retomada das obras da Estrada dos Alagados foi anunciada em outubro, com projeção de investimento de R$ 31 milhões -

Lilian Magalhães

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

A retomada das obras da Estrada dos Alagados, anunciada em outubro deste ano, está em um impasse entre a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG) e a Secretaria de Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná (Seil/PR). São dois projetos em estudos. O primeiro corresponde ao trecho da entrada da vila São Martin até a ponte do Rio São Jorge. O segundo segmento liga a ponte do Rio São Jorge até a Ponte Preta, na divisa com Carambeí. Os investimentos previstos para obras de infraestrutura da região de Ponta Grossa devem chegar a R$ 31 milhões. Estas intervenções garantirão grandes benefícios para a região que é contemplada por belas paisagens naturais e é importante para o agronegócio.

Segundo explicações da Prefeitura, a retomada das obras de pavimentação da Estrada dos Alagados é "urgente, necessária e de total interesse do município e dos usuários da estrada". Em nota encaminhada à Redação, o município afirma que "sempre respondeu às solicitações da Secretaria, com objetivo de retomar os trabalhos com agilidade". Sustenta também que o processo que permite a retomada das obras está "nas mãos da Seil", e, até o momento, segue aguardando o retorno da Secretaria com o envio das pendências para atualizar os documentos com as informações necessárias que darão continuidade ao projeto.

Conforme a Prefeitura, a retomada está tramitando desde o dia 10 de março de 2025. "No período compreendido entre março e outubro de 2025, foram solicitados ajustes de forma gradativa pela Seil que, ao invés de reunir todos os ajustes em uma única pendência, ocasiona a morosidade do processo". De acordo com a Prefeitura, apesar da informação prestada pelo secretário (Sandro Alex) neste momento, o processo está nas mãos da própria Seil. A Prefeitura de Ponta Grossa está na expectativa de receber novamente o processo, para que possa inserir informações solicitadas pela Procuradoria Geral do Estado, conforme o Pedido de Informação nº 352/ 2025, que foi enviado à Secretaria no dia 30 de outubro de 2025.

Ainda, a superintendência de contratos da PMPG reforçou que o processo precisa ser encaminhado com urgência, para sanar as pendências apontadas e, para o órgão, a demora compromete não somente o andamento administrativo, mas também a continuidade da obra.Por fim, a Prefeitura diz que o referido processo está, neste momento, inacessível. "Todas as informações solicitadas para inserir no processo citado pelo secretário Sandro Alex. Neste sentido, a Prefeitura de Ponta Grossa precisa que a Seil tome a iniciativa de remeter o processo novamente ao Município. "As informações solicitadas, desta forma, serão inseridas imediatamente no sistema, visando retomar as obras com a velocidade que a população precisa e merece", finaliza o órgão.

Sandro Alex diz que gestora precisa ir até a Seil para apresentar justificativas do projeto

Procurado pela reportagem, Sandro Alex, secretário da Seil, diz que aguarda a manifestação da prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt (União Brasil). "Até o presente momento, ela (prefeita Elizabeth) não veio justificar o projeto. Então, nós não podemos concluir o processo, porque a gestora não marcou ainda na Secretaria um momento para falar com os técnicos, que já estão com as ressalvas preparadas, mas ela não veio até aqui. Não é por nossa culpa que, há anos, a população está aguardando, e o dinheiro está disponível", diz Sandro Alex.

O secretário afirma que a presença da gestora do convênio é imprescindível para que as ressalvas do projeto e questionamentos sejam feitos antes de dar continuidade ao processo. "Ela é a gestora, e, num processo normal, a gestora do convênio viria aqui. Isso é de praxe: ela está pedindo alterações, e precisa justificá-las, é o mínimo que se pede do gestor do contrato!", diz.

Na opinião de Sandro, o desencontro entre a Seil e a Prefeitura está no possível desinteresse da gestão em apresentar-se na Secretaria. "Se a Prefeitura tivesse o mínimo de interesse em tocar esta obra, não deveria ter chegado a este ponto, e justamente porque isto aconteceu, você tem uma série de questionamentos dos técnicos, que querem que, no mínimo, o município venha até aqui", conta.

Em conclusão, o secretário diz que Ponta Grossa precisa executar o processo da obra como todas as outras cidades, e aponta que o recurso já está disponível. "Todos os municípios do Paraná defendem seus recursos de forma clara e objetiva, o que não acontece com Ponta Grossa. E o recurso está disponível há anos, se eles querem celeridade, tratem de fazer deste assunto uma prioridade. Eu mesmo busquei este orçamento, é fruto de um investimento que coloquei no contrato, então, preciso que o município faça a parte dele, porque eu não posso fazer sozinho", completa.

O retorno das obras da Estrada dos Alagados, retomada após quase um ano de tratativas, foi anunciada em 16 de outubro, em que a prefeita Elizabeth afirmou que seria executada com verbas estaduais e municipal, chegando a R$ 31 milhões. À época, Elizabeth afirmou que a obra estava dividida entre duas etapas, cuja segunda fase contemplava o trecho da Cachoeira São Jorge até a Ponte Preta, e ainda seria liberada.

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right