Assistente social é indiciado após usar dados de idosos mortos para pedir cestas básicas em PG
Caso veio à tona quando o investigado pediu uma cesta básica em nome de uma mulher que havia falecido cinco meses antes
Publicado: 08/07/2025, 21:49

A Polícia Civil indiciou um assistente social de Ponta Grossa que utilizava dados de idosos falecidos para solicitar benefícios sociais. A investigação foi concluída nesta terça-feira (08) e o profissional foi exonerado do cargo. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 60 mil.
A corporação apurou que o assistente social atuava em uma associação de amparo a idosos e incluía nomes de pessoas mortas em relatórios mensais de atendimento enviados à Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (Faspg). Segundo o delegado Derick Moura Jorge, que acompanha o caso, o esquema fraudulento fazia parecer com que esses idosos continuavam sendo beneficiados pela entidade.
O caso veio à tona quando o suspeito solicitou uma cesta básica em nome de uma mulher que havia falecido cinco meses antes. A partir da descoberta, a Polícia Civil identificou que a prática fraudulenta ocorreu por um período de 18 meses, entre 2020 e 2021.
Além da solicitação de cestas básicas, o assistente social também utilizava dados de pessoas falecidas para simular o cumprimento de metas estabelecidas no convênio com o poder público, apresentar falsos relatórios de visitas domiciliares, além de manter artificialmente o número de pessoas atendidas pela associação de amparo.
A Faspg verificou que, de 20 supostos usuários contatados, apenas dois confirmaram estar recebendo os serviços da instituição. Ainda segundo o Derick Moura Jorge, além do dano ao cofres públicos, o esquema também comprometeu a prestação de serviços essenciais à população idosa em situação de vulnerabilidade social.
A associação de amparo em que o profissional atuava está ressarcindo o prejuízo gerado de forma parcelada. O profissional foi indiciado pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações. A pena prevista é de dois a 12 anos de reclusão, além de multa.
O inquérito policial foi enviado ao Ministério Público do Paraná (MPPR), que irá analisar as provas e decidir se irá oferecer denúncia criminal contra o investigado.
Com informações da Polícia Civil