Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’ | aRede
PUBLICIDADE

Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’

A instalação de uma Fazenda de Energia Solar ainda depende do plano de encerramento do local

O local, que tem uma área de 44 hectares, recebia os resíduos sólidos do município
O local, que tem uma área de 44 hectares, recebia os resíduos sólidos do município -

Gabriel Ryden

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) informou ao Grupo aRede que a instalação da Fazenda de Energia Solar no local do Aterro Botuquara será possível após o prazo mínimo de 20 anos, conforme normas técnicas e exigências do órgão ambiental.

De acordo com a Prefeitura de Ponta Grossa, atualmente está sendo trabalhado o Plano de Encerramento do Aterro Botuquara, desativado em agosto de 2019 ainda na gestão do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD). O local, que tem uma área de 44 hectares, recebia os resíduos sólidos do município.

Posterior ao encerramento, o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) deverá ser realizado. Somente após a execução e consolidação do PRAD, será possível a instalação da Fazenda de Energia Solar, processo que dura o prazo de 20 anos citado anteriormente.

Em 2022 a equipe de reportagem já havia questionado a PMPG a respeito do futuro do local, e a assessoria de imprensa já tratava da possibilidade de receber o sistema de energia solar. Além disso, o plano de recuperação realizado pela RSJ Soluções Ambientais estava para ser entregue, após contrato firmado em abril do mesmo ano com o custo de R$ 25,7 mil para os cofres públicos. Na ocasião, inclusive, era discutida a instalação de um novo aterro na região da Bocaina. Confira a matéria completa clicando aqui.

Atualmente o lixo do município é destinado ao Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos (CTR) Vila Velha, localizado na cidade de Teixeira Soares. No local, o material coletado pela Ponta Grossa Ambiental (PGA) é separado entre materiais recicláveis e compostagem.

GALERIA DE FOTOS

  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
  • Prefeitura deve levar 20 anos para dar solução ao ‘Aterro Botuquara’
 

HISTÓRICO – Em 2015, a Prefeitura de Ponta Grossa havia firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público, se comprometendo a fechar o aterro em 2 anos. Porém, após o término desse prazo em 2017, a Justiça determinou o fechamento total do espaço, alegando que a administração municipal não havia cumprido com o TAC firmado. Ainda naquela época, o Poder Executivo afirmou que revitalizaria o local, construindo um espaço para ciclismo e tornando o ‘Aterro Botuquara’ em um ponto turístico da cidade.

POSSIBILIDADES - Sandro Xavier de Campos, professor na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), cita as diferentes formas da utilização de resíduos em outros países. “Na Europa escavam os aterros, retiram o lixo acumulado e o transformam em energia. Então não é mais visto como lixo, e sim recurso, dinheiro. Mas isso seria uma solução bastante complexa para a situação que temos aqui”, considera o professor.

“Em outros lugares também se fazem jardins, praças, recuperam paisagem natural e tornam um espaço de visitação. Então seriam possibilidades, mais complexas do que uma fazenda de energia solar, mas ainda sim são alternativas”, argumenta.

Além das possibilidades, Sandro relata qual deve ser a preocupação com o local. “O ponto principal é o cuidado e o acompanhamento do que está acontecendo lá embaixo, se o chorume não está contaminando lençol. O monitoramento precisaria ser permanente”, finaliza o professor.

ACOMPANHAMENTO - Desde 28 de setembro de 2021, o Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) acompanha o ‘Aterro Botuquara’. Na época, a Prefeitura de Ponta Grossa foi questionada sobre o chorume do local, se ele estaria contaminando o córrego existente na Comunidade Emiliano Zapata. Na ocasião, a RSJ Soluções Ambientais ressaltou “que a qualidade das águas continua afetada, não sendo apropriadas para consumo sem tratamento adequado”.

Em maio deste ano, durante uma oitiva na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) o procurador-geral do município, Gustavo Schemim da Matta, foi perguntado por vereadores a respeito das lagoas do Aterro ainda possuírem chorume e que, uma delas estaria vazando em direção a uma propriedade privada ao lado, caracterizando crime ambiental. O procurador respondeu que não possui conhecimento sobre as informações relatadas.  

PUBLICIDADE

Conteúdo de marca

Quero divulgar right