Justiça inicia julgamento de acusados de matar professora de PG em acidente na BR-376
Acidente aconteceu em abril de 2023 e também tirou a vida do filho dela, de apenas sete anos de idade
Publicado: 25/03/2025, 15:42

A audiência de instrução e julgamento dos acusados de matar a professora Vanessa Kubaski Maciel e seu filho, Pedro Henrique Maciel, de sete anos, começa nesta sexta-feira (28), a partir das 14h, na 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa.
Ao todo, nove pessoas serão ouvidas, entre peritos, informantes e testemunhas. Em seguida, os réus Tiago Arthur Bueno e Edelar Julio Posser, motorista e proprietário do caminhão envolvido no acidente, respectivamente, serão interrogados. Na sequência, o Juiz deve decidir se eles serão julgados pelo Tribunal do Júri.
O caso ocorreu em abril de 2023, na BR-376, e ainda feriu outras duas pessoas. Conforme denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), laudos periciais apontam que Tiago conduzia o veículo em velocidade incompatível com as condições apresentava na via, já que era noite e chovia. Os documentos também indicam que os sistemas de freios estavam ineficientes, os pneus desgastados e o tacógrafo inoperante.
"Essas circunstâncias foram determinantes para a ocorrência do resultado morte e eram de conhecimento dos réus Tiago, por ser ocndutor do caminhão, e Edelar, por ser proprietário da empresa, que deliberadamente deixou de realizar a devida manutenção no caminhão e assentiu que o veículo rodasse nas condições em que estava", diz a nota enviada pelos advogados Fernando Madureira e Herculano Filho, que representam a família das vítimas.
Madureira considera que as mortes de Vanessa e Pedro aconteceram pelo "desprezo com que os acusados tem para com a vida alheia". O advogado destaca que os réus sabiam das condições irregulares do veículo e, mesmo assim, trafegaram com o caminhão em alta velocidade e carregado com 30 toneladas. "O ocorrido não foi um acidente, foi "um assassinato", indica.
Em relação à Vanessa, os réus foram denunciados por homicídio e, em relação a Pedro, que tinha apenas sete anos, por homicídio qualificado. Tiago e Edelar ainda respondem por lesões corporais praticadas contra outras duas pessoas que estavam no veículo.
Com informações da Assessoria de imprensa