Pesquisa do Sebrae mostra que empresários de PG estão cautelosos
Média do Paraná foi de 31,2% de confiança, enquanto em Ponta Grossa somente 24,1%
Publicado: 21/02/2025, 05:00

Os empresários ponta-grossenses estão mais cautelosos neste 1º semestre de 2025, segundo a 'Pesquisa de Opinião do Empresário do Comércio', realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e pelo Sebrae/PR. Enquanto a média de confiança estadual foi de 31,2%, em Ponta Grossa 24,1% do empresariado acreditam na expansão dos negócios. Na edição anterior da pesquisa, os ponta-grossenses possuíam 37,5% de projeções positivas.
A parcela de gestores da região dos Campos Gerais que projeta estabilidade no faturamento corresponde a 31,1%, enquanto 20,7% demonstram expectativas desfavoráveis. Outros 24,1% preferiram não opinar ou ainda não têm uma avaliação definida.
O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, destaca que o setor terciário continua sendo um dos motores do desenvolvimento econômico do estado. “Em 2024, tivemos um desempenho expressivo, com crescimento acima da média nacional em serviços e um varejo consolidado, que soube enfrentar desafios e se manter competitivo". Segundo ele, essa tendência deve se repetir em 2025, impulsionada por um mercado dinâmico e um ambiente de negócios favorável. “O Paraná segue como referência nacional, e acreditamos que o setor terciário continuará impulsionando a economia e gerando oportunidades para a nossa população”, acrescenta.
Sobre desafios apontados na pesquisa, o diretor-superintendente do Sebrae/PR, Vitor Tioqueta, cita pontos como a preocupação com a carga tributária, a instabilidade política e a falta de mão de obra qualificada, enumerados entre os principais obstáculos. Contudo, 33,6% dos empresários têm planos de investir mais neste semestre, especialmente em máquinas e equipamentos, marketing, modernização das instalações e qualificação da equipe. “Esse aumento no foco de investimentos em marketing digital, equipamentos e capacitação dos colaboradores é um reflexo da necessidade de adaptação e inovação para fortalecer os negócios no cenário atual. E nós, enquanto Sebrae, podemos auxiliar os empreendedores neste e, em outros pontos da gestão dos pequenos negócios para que possam enfrentar os desafios deste cenário”, reflete Tioqueta, lembrando ainda que, mesmo com as dificuldades levantadas, a boa notícia é que o mercado de trabalho permanece estável, com 71,7% das empresas mantendo ou ampliando seu quadro de funcionários.
SETORES - Os empresários do setor de serviços são os mais confiantes, com 37% de expectativas favoráveis no estado. O desempenho acompanha os bons resultados do segmento em 2024, que apresentou um crescimento acima da média nacional, de acordo com os dados da 'Pesquisa Mensal de Serviços (PMS)' do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de serviços prestados no estado cresceu 3,6% entre janeiro e dezembro, superando a média nacional de 3,1%.
No varejo, as expectativas positivas chegam a 26,7%, além dos 30,4% de empresários que preveem estabilidade nos próximos meses.
Já no turismo, 25,9% dos entrevistados esperam aumento no faturamento. O percentual representa uma queda considerável em relação aos 54,7% do segundo semestre de 2024, algo esperado devido à sazonalidade do setor, que tem maior movimento nos meses finais do ano.
PORTA DAS EMPRESAS - As médias e grandes empresas lideram o otimismo, com 36,2% de perspectivas positivas. Em seguida, aparecem os microempresários individuais (34%). Entre as pequenas empresas, o percentual é de 23,3%, enquanto os microempreendedores individuais (MEIs) são os mais indecisos e registram a menor taxa de otimismo, com 15,9%.
DIFICULDADES - A carga tributária e a instabilidade política nacional seguem como as principais dificuldades relatadas pelos empresários. Além disso, preocupações como a instabilidade econômica, a falta de mão de obra qualificada e a perda de poder de compra dos clientes também aparecem entre os desafios que impactam os negócios.
CONTRATAÇÕES - Segundo a pesquisa, 71,7% das empresas paranaenses pretendem manter ou ampliar o quadro de colaboradores. Apenas 7,4% preveem redução no número de funcionários, demonstrando que, apesar da moderação nas expectativas de crescimento, a tendência é de estabilidade no mercado de trabalho.
Na região de Ponta Grossa, 43,1% das empresas planejam manter o quadro funcional e 25,9% devem ampliar o número de colaboradores. Os estabelecimentos com planos de cortes de pessoal correspondem a 17,2%.
Com informações: Assessoria de Imprensa.