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Delegado revela detalhes sobre óbito de empresário em PG

Guilherme de Quadros teria sacado duas armas e efetuado disparos, quando Neto Fadel teria agido em legítima defesa; entenda todos os detalhes do caso na entrevista exclusiva com o delegado da 13ª S.D.P.

VÍDEO
Assista à entrevista exclusiva com o delegado Luís Gustavo Timossi | Autor: Márcio Lopes/aRede.

Rodolpho Bowens

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O Portal aRede conversou na madrugada desta quinta-feira (21) com o delegado responsável pelo ‘Setor de Homicídios’ de Ponta Grossa, Luís Gustavo Timossi, que trouxe mais detalhes sobre a morte do empresário Guilherme de Quadros Becher – relembre a notícia clicando aqui. O homem foi baleado pelo presidente da Câmara Municipal de Castro, Neto Fadel, após legítima defesa, como aponta a investigação inicial da Polícia Civil do Paraná (PC/PR) – veja o vídeo acima.

Conforme as informações repassadas ao Portal aRede, os agentes de segurança foram acionados, no fim da tarde da última quarta-feira (20), para uma situação num condomínio de chácaras, localizado na divisa de Ponta Grossa e Carambeí – nas proximidades da Maltaria Campos Gerais. No local, os policiais foram informados de que um empresário havia sido baleado e que o suspeito dos disparos seria um ex-candidato a prefeito de Castro.

Ao conversar com testemunhas, foi informado à polícia que Guilherme estaria embriagado, “ao que parece, e teria se incomodado em razão de crianças estarem andando com um quadriciclo no condomínio de chácaras. Estava incomodado com o barulho”, disse em entrevista exclusiva ao Portal aRede. Na sequência, a vítima efetuou disparos de arma de fogo, de dentro de sua propriedade, com o intuito de intimidar as pessoas que estavam no local.

Em razão dos barulhos, a família do vereador foi até a residência, com o intuito de verificar o que estaria ocorrendo. A mãe da vítima saiu do imóvel e relatou que seu filho (Guilherme) estaria alterado e armado. Em determinado momento, o empresário saiu da propriedade “com duas armas de fogo, armas que foram apreendidas – leia aqui, sacado as duas armas e efetuado diversos disparos de arma de fogo em direção às pessoas que estavam na propriedade do vereador”.

Armas que foram apreendidas pela polícia na ocorrência
Armas que foram apreendidas pela polícia na ocorrência |  Foto: Márcio Lopes/aRede.
 

LEGÍTIMA DEFESA – Diante dos fatos, conforme a fala do delegado Luís Gustavo Timossi, Neto Fadel, “que tem porte de arma de fogo concedido pela Polícia Federal (PF), estava regular e porte também, efetuou disparos visando preservar a vida dele, de familiares e amigos que estavam no local”, explica ao Portal aRede. Ao ser atingido (a quantidade de disparos está sendo apurada pela necropsia), equipes da Polícia Militar (PM/PR) e de socorro foram acionadas.

Apesar do acionamento médico, familiares de Guilherme decidiram levar ele ao hospital – de acordo com o delegado, amigos do vereador também auxiliaram a colocar a vítima num automóvel. Mesmo com os esforços, o empresário veio a óbito no Hospital do Coração Bom Jesus. Ainda não há informações sobre o velório nem sobre o sepultamento de Guilherme. Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram o falecimento.

INVESTIGAÇÃO – Diante dos fatos, a Polícia Civil deu início à apuração do caso. Segundo o delegado Timossi, pessoas que estavam na residência com Neto Fadel foram voluntariamente à 13ª Subdivisão Policial (13ª S.D.P.) para os esclarecimentos. Entretanto, a autoridade policial informou que familiares de Guilherme se recusaram a acompanhar os policiais, bem como a prestarem depoimento sobre a ocorrência (eles serão ouvidos nos próximos dias).

Neto Fadel durante sua prisão, na delegacia de Ponta Grossa
Neto Fadel durante sua prisão, na delegacia de Ponta Grossa |  Foto: Divulgação.
 

Agora, um inquérito deverá ser instaurado para investigar o acontecimento, bem como a Polícia Civil ouvirá novas testemunhas para esclarecer os fatos.

NETO FADEL – O atual presidente da Câmara Municipal de Castro, ex-prefeito interino e ex-candidato ao Poder Executivo castrense, foi liberado após a oitiva. Segundo o delegado, “após ouvir os envolvidos, avaliando a presença de indícios que apontam que os disparos realizados contra Guilherme se deram em contexto de legítima defesa, Luís Gustavo Timossi, decidiu não atuar Miguel, que acabou sendo liberado”, informa a nota da Polícia Civil encaminhada à imprensa.

Neto foi liberado pela polícia, após a oitiva
Neto foi liberado pela polícia, após a oitiva |  Foto: Divulgação.
 

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