Com pedágio, passagens de ônibus ficam mais caras na região

Com o retorno da cobrança das tarifas de pedágios em boa parte das rodovias que cruzam a região dos Campos Gerais, um dos impactos diretos para a população é o aumento no valor das passagens de ônibus para quem viaja pelo Paraná ou até mesmo para outros estados do Brasil. Como um dos principais entroncamentos rodoviários da região Sul, Ponta Grossa possui diversas linhas que partem ou saem do município para centenas de destinos e o acréscimo no valor das passagens já foi percebido pelos passageiros.

Um dos aumentos em vigor é o da passagem metropolitana de Ponta Grossa para Castro, operada pela Viação Iapó: o valor passou de R$ 7,50 para R$ 7,90. Já no trecho entre Castro e Carambeí, que também tem passagem por uma praça de pedágio na PR-151, o preço do bilhete passou de R$ 6,25 para R$ 6,65. Ou seja, em ambos os casos a tarifa ficou 40 centavos mais cara em cada um dos trechos.

O acréscimo da tarifa também foi percebido em linhas constantemente utilizadas pelos ponta-grossenses no dia a dia. Em consulta aos sites das principais empresas do setor que operam na cidade, o valor da passagem de ida Ponta Grossa para Curitiba, por exemplo, agora varia entre R$ 56 e 59; já o trecho entre Ponta Grossa e São Paulo, por exemplo, tem valores disponíveis entre R$ 150 e R$ 169 para quem opta pelas poltronas convencionais, as mais baratas disponíveis aos passageiros.

A reportagem do Portal aRede e do Jornal da Manhã entrou em contato com as empresas Princesa dos Campos e Transpen, algumas das responsáveis pelas linhas citadas na reportagem. No caso da Princesa dos Campos, a alta será de R$ 0,94 de Ponta Grossa a Curitiba, enquanto de Curitiba para trechos do interior terá uma variação entre R$ 1,90 e R$ 2,70.

No caso da Transpen, não houve um retorno sobre o preço das passagens. Caso isso ocorra, a matéria será atualizada.

CRITÉRIOS – O ‘repasse’ da cobrança das tarifas de pedágio para os passageiros de linhas metropolitanas e intermunicipais segue critérios definidos em resoluções do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e da Agência Reguladora do Paraná (Agepar). Da mesma forma em que quando havia a cobrança do pedágio até 2021, o valor do rateio a ser pago por cada passageiro deve vir discriminado, separado do valor do trecho em si, no extrato de pagamento da passagem.

Em linhas gerais, este valor é determinado pelo número de praças em que a linha irá passar e também uma média estimada dos passageiros que utilizam a linha; ou seja, quando mais demanda tiver um determinado trecho a tendência é que o aumento no valor da tarifa final seja menor. Em nota, a Agepar informou que “possíveis acréscimos que venham a ser incorporados à tarifa final, em decorrência da cobrança de pedágio, são calculados e monitorados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER)”.