Bispo Dom Sergio lança Campanha da Fraternidade 2024 | aRede
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Bispo Dom Sergio lança Campanha da Fraternidade 2024

Lançamento aconteceu em uma entrevista nos estúdios do Portal aRede na manhã desta quarta-feira (14)

Neste ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema "Fraternidade e Amizade Social". O Bispo Dom Sergio, da Diocese de Ponta Grossa, e a Coordenadora da Campanha, Márcia Simões, falam sobre as reflexões que o promove.
Neste ano, a Campanha da Fraternidade tem como tema "Fraternidade e Amizade Social". O Bispo Dom Sergio, da Diocese de Ponta Grossa, e a Coordenadora da Campanha, Márcia Simões, falam sobre as reflexões que o promove. -

Publicado Por Larissa Bim

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O lançamento oficial da Campanha da Fraternidade ocorreu nesta quarta-feira (14), em uma entrevista nos estúdios do Portal aRede. O bispo Dom Sergio Arthur Braschi e as coordenadoras diocesanas da Campanha da Fraternidade, Márcia Simões e Munira de Oliveira, abordaram os fundamentos, objetivos e desenrolar da Campanha em um momento compartilhado pelas redes sociais da Diocese e das paróquias Nossa Senhora do Monte Claro, São Sebastião, Santa Teresinha do Menino Jesus, de Ponta Grossa; São Roque, de Ventania, e Nossa Senhora da Luz, de Irati, além das páginas da Caritas, Setor Juventude, Pastoral da Criança e Pastoral de Animação Bíblico Catequética. 

Ainda dentro da programação oficial do lançamento da Campanha da Fraternidade, Dom Sergio celebra missa hoje, às 19 horas, na Catedral Sant’Ana. O bispo, as coordenadoras e padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, visitaram também os veículos de comunicação para apresentar o tema deste ano: ‘Fraternidade e amizade social’/Vós sois todos irmãos e irmãs’ (Mt 23,8).

Confira a entrevista na íntegra:

VÍDEO
Bispo Dom Sergio, da Diocese de Ponta Grossa fala sobre a Campanha da Fraternidade de 2024 que tem como tema 'Fraternidade e Amizade Social'. | Autor: Portal aRede.
 

Os temas da Campanha da Fraternidade têm por base a realidade da sociedade “Eles são escolhidos diante das dificuldades que a sociedade vem enfrentando, justamente para chamar nossa atenção para eles. E o tema deste ano, que parece rotineiro, normal, cotidiano, não é, se formos analisar a realidade, o modo de vida que as pessoas estão adotando. Se percebe que muitas pessoas estão se isolando cada vez mais. O ‘eu’ está se tornando cada vez mais importante e o ‘nós’, o ‘outro’ vêm ficando para trás. Este tema, tendo como base a Encíclica do Papa Francisco Fratelii Tutti, vem nos chamar a atenção para isso: como eu vejo o meu irmão? Deus coloca essa pergunta: onde está o teu irmão hoje? O que você está fazendo por ele? Não podemos pensar somente em nós porque não vivemos em uma bolha. Vivemos em sociedade, precisamos conviver com as pessoas”, explicava Márcia Simões.

Segundo Márcia, a palavra-chave para dar início aos trabalhos da Campanha da Fraternidade deste ano é respeito. “A gente percebe, principalmente com relação às mídias sociais, como as pessoas estão perdendo o respeito pelo outro. O que não é igual a mim, o que não pensa como eu, o que não age como eu, é descartável, preciso cortar da minha vida. E a Campanha da Fraternidade vem colocar justamente o contrário: que nós somos essa família humana. Deus nos criou diferentes para um completar o outro. Precisamos respeitar a diferença. É esse o bonito da convivência: os diferentes convivendo, trabalhando e construindo uma única sociedade”, argumentou a coordenadora.

Para Dom Sergio, a "Quaresma é um tempo muito especial para nós que somos a família de Cristo. É como um grande retiro, onde vamos redescobrir que somos filhos e filhas de Deus e, portanto, irmãs e irmãos. Amizade Social não é um termo muito comum aqui no Brasil. Não temos o costume de usar essa expressão que nos veio, há quatro anos atrás, com a Encíclica do Papa Francisco Fratelii Tutti, onde ele descreve o que é essa amizade social. Eu comentava, ontem, que quando queremos entender o termo é mais fácil entender o que é ‘inimizade social’, que está tão forte hoje no mundo, no Brasil, entre nós. Dentro da sociedade tanta intolerância, tanta falta de compreensão do outro, até o hábito do ódio nas redes sociais, os haters (odiadores, na tradução da palavra) toda uma mentalidade de não aceitação da outra pessoa, divisão, separação. É uma tarefa exigente para nós, nesse tempo de Quaresma, repensarmos tudo isso”, alertou o bispo.

“São 60 anos da Campanha da Fraternidade, em nível nacional. Havia começado um pouco antes, no Nordeste, mas, é uma ‘campanha’: quer dizer, um esforço conjunto de toda a sociedade durante um período, que depois, naturalmente, repercute pelo resto da história, por tocar num ponto que estava candente da vida nacional. ‘A Quaresma nos chama a assumir um amor que supera, que supera barreiras, desejando abraçar e acolher, se estendendo além das fronteiras, rompendo as cadeias que isolam, construindo relações verdadeiras. Vós sois todos irmãos e irmãs é Palavra de Cristo Senhor, pois a fraternidade humana deve ser conversão e valor, seja este um tempo propício para abrirmos, enfim, ao amor’. Estamos há vários anos vivendo a necessidade de um repensar das nossas relações humanas. Relações pessoais, dentro das famílias, nas comunidades e em toda a sociedade. Não podemos continuar com essa divisão, intolerância, não aceitação do outro, que acaba resultando até em guerras, quando o ser humano esquece que é irmão”, analisou Dom Sergio, citando a letra do Hino da Campanha da Fraternidade 2024.

A respeito dos efeitos da intolerância, especialmente nas redes sociais, o bispo lembrou o crescimento das doenças de fundo psicológico, como a depressão, e dos suicídios. “Uma pessoa se sente de tal forma atacada, às vezes, gratuitamente, por alguém que está se servindo desse meio maravilhoso que temos hoje, que é a internet, que aproxima as pessoas de forma nunca vista antes, mas também serve para afastar, para manifestar a não aceitação do pensamento do outro. A diversidade, as mentalidades, as culturas, o modo de ser diferente é um enriquecimento para a Humanidade, mas que vai acontecer se nós soubermos aproveitar essas diferenças, dentro de um respeito, de uma fraternidade, dentro de uma amizade”, acrescentou Dom Sergio. “O que é amizade social? Um amor que ultrapassa barreiras da geografia e do espaço, isto é, uma fraternidade aberta. Amizade social é viver livre de todo o desejo de domínio sobre os outros. Isso é muito comum hoje. Essa mentalidade está por aí”, enfatizou o bispo, parafraseando a encíclica do Papa.

Com informações: assessoria de imprensa 

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