Faspg tenta desocupar ‘26 de Outubro’ após interdição

O antigo prédio do Hospital 26 de Outubro, localizado na região central de Ponta Grossa, está passando por uma extensa reforma após ter sido interditado em julho. O local é utilizado pela Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (Faspg) para realizar atendimentos, porém, de acordo com um relatório, não é considerado adequado devido aos riscos que apresenta para funcionários e visitantes. Diante disso, a Prefeitura está buscando agilizar a transferência das atividades para um novo prédio alugado.

Como medida de urgência, um contrato de locação foi assinado para um imóvel localizado na rua Ernesto Vilela, esquina com a rua Barão do Cerro Azul, a fim de realocar todos os atendimentos. No entanto, mesmo após a assinatura do contrato em agosto, tanto o novo prédio quanto o Hospital 26 de Outubro continuam em processo de reforma, impedindo a mudança da Faspg para o novo endereço.

“A isenção do aluguel foi concedida, mas ainda estamos adaptando o local para receber atendimentos de três áreas diferentes", afirmou Tatyana Denise Belo, presidente da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa. Ela também ressaltou que o objetivo é concentrar todos os atendimentos sociais da prefeitura nesse espaço. Importante mencionar que, conforme o contrato disponível no Portal da Transparência do município, o valor mensal do aluguel é de R$63 mil, válido por 12 meses.

Em entrevista ao Portal aRede e Jornal da Manhã, Tatyana destacou a necessidade das reformas, uma vez que o prédio é amplo e não possui ambientes adaptados para acessibilidade. "Estamos trabalhando na questão da acessibilidade e da infraestrutura, o que está demandando um pouco mais de tempo", afirmou a presidente da Faspg, que também informou que a expectativa é ocupar o novo prédio no início do próximo ano.

HISTÓRIA—O prédio do Hospital foi fundado em 25 de outubro de 1931 sendo tombado como patrimônio de Ponta Grossa em 2002. O ambiente é um dos prédios históricos mais importantes da cidade, pois inicialmente serviu como hospital dos ferroviários, um setor de grande relevância para a história do município. Diante disso, a administração municipal tem a responsabilidade e o interesse em reformar o local, algo que já está sendo feito desde sua interdição.

“A reforma deve levar algum tempo, por se tratar de um prédio mais antigo, mas assim que concluída, retomaremos todos os nossos atendimentos no local”, explicou Tatyana. Ela ainda ressaltou que os atendimentos continuam sendo realizados no local, devido algumas pequenas mudanças, como a entrada, que agora está localizada na lateral do prédio.