Santa Casa realiza estudos sobre prevenção de câncer

Representantes das instituições: Hospital Santa Casa de Ponta Grossa, 3ª Regional de Saúde, Associação Médica de Ponta Grossa (AMPG), Secretaria Municipal de Saúde e Rede Feminina de Combate ao Câncer se reuniram para estudar as causas do câncer e o impacto que a doença provoca tanto na taxa de mortalidade, quanto no alto custo para tratamento.

A primeira reunião aconteceu no mês de julho deste ano e o objetivo do grupo é compreender cada vez mais as causas, as formas de prevenção e maneiras de sensibilizar a população e o sistema público (instâncias jurídicas e políticas), evolvidos com a doença e desta forma promover a saúde e evitar o desenvolvimento do câncer através da sua prevenção.

Para o Dr Mário Rodrigues Montemor Netto, presidente da AMPG, essa união é de extrema importância para toda sociedade: “A prevenção ao câncer é um tema imprescindível e de amplo interesse para toda a população. O alto custo indireto relacionado ao câncer no Brasil por exemplo câncer de pulmão, de R$ 1 bilhão, supera o de câncer de próstata (R$ 800 milhões), e fica próximo ao do câncer de mama (R$ 1,381 bilhão), que também tem alta mortalidade."

No Brasil, a cada ano são 232 mil mortes e 450 mil novos casos diagnosticados, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Observatório de Oncologia, o câncer é a causa principal de mortalidade para 606 municípios brasileiros, isso significa uma parcela de 11% do território nacional.

Os principais fatores de risco são: desigualdade de acesso ao sistema de saúde, diagnóstico tardio (aumenta a taxa de mortalidade), qualificação profissional na atenção primária e o tempo como fator determinante.

O câncer também impacta nos cofres públicos, de acordo com o INCA, em 2018 o governo federal gastou R$3,5 bilhões de reais com procedimentos em oncologia no Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre 2020 e 2040 haverá um aumento de 66% no número de novos casos de câncer no Brasil, com esse aumento, considerando a média de gastos, esse aumento gerará um custo de R$ 7,84 bilhões em 2040, valores que podem ser investidos em outras áreas de necessidade comum.

 “Essas ações são fundamentais para a saúde da população. Se conseguirmos reduzir o número de casos e consequentemente a taxa de mortalidade, já ficaremos muito satisfeitos. Com isso, além de salvar vidas e desafogar o sistema de saúde, conseguimos reverter os gastos para outros cuidados que a população necessita”, explica Marcela Stahl Mendes, representante da Santa Casa.