Ponta Grossa tem quase 140 mil pessoas inadimplentes

Com uma população de pouco mais de 358 mil habitantes, Ponta Grossa tem quase 140 mil pessoas em situação de inadimplência. Juntos, esses consumidores devem o equivalente a R$ 789,5 milhões, sendo uma média de R$ 5,6 mil para cada devedor. Os dados são do Mapa da Inadimplência da Serasa, levantamento mensal que apresenta o cenário do endividamento no Brasil.

Conforme o estudo, a maior parte das dívidas dos 139.154 ponta-grossenses está concentrada em três setores, sendo bancos e cartões de crédito (24,69%), utilities - água, energia elétrica e gás –  (22,21%)  e serviços (13,68%).  

Segundo o coordenador da Serasa, Thiago Ramos, são quase 600 mil dívidas em Ponta Grossa, sendo que o valor médio que cada ponta-grossense inadimplente deve (R5 5,6 mil) é maior que a média nacional (4,9 mil).

Outro dado interessante mostra que Ponta Grossa é a terceira cidade no Estado (entre as maiores) em inadimplência. À sua frente estão Londrina (206.022 inadimplentes e uma dívida total de R$ 1,27 bilhão) e Maringá (139.404 e R$ 948,2 milhões). Após aparecem Cascavel (127.425 e R$ 800,3 milhões), Foz do Iguaçu (109.117 e R$ 577,4 milhões) e Curitiba (709.936 inadimplentes e R$ 4,6 bilhões em dívidas).

O coordenador faz algumas recomendações para auxiliar os consumidores a não caírem na inadimplência. “A Serasa recomenda, principalmente, que os brasileiros façam o controle das suas finanças mensais anotando, seja em um caderno ou em uma planilha, tudo o que recebem e gastam ao longo do mês para não gastar mais do que recebe, essa é a primeira dica, a dica de ouro”, afirma.

O coordenador ensina sobre o sistema chamado de 50, 30, 20, onde 50% da renda mensal devem ser separado para as contas indispensáveis como supermercado, aluguel, conta de água e luz. Já 30% precisam ser reservado para as contas pontuais, como as parcelas do cartão de crédito, o lazer, as roupas e outras compras pontuais do mês que não são indispensáveis à sobrevivência. Por fim, os 20% restantes, o consumidor deve tentar poupar todos os meses. “Quando ele consegue guardar 20% todos os meses, ao final de cinco meses terá um mês inteiro de salário guardado, isso ajudará e muito a controlar os imprevistos, a impedir que no primeiro imprevisto ele já se torne inadimplente”, diz Thiago.

Ele orienta, ainda, que as contas com taxas de juros maiores devem ser priorizadas na hora do pagamento. “As com taxas de juros maiores quando são atrasadas se tornam uma bola de neve porque o valor delas aumenta muito rápido e fica muito difícil o consumidor realizar o pagamento, então se for inevitável atrasar alguma conta priorize pagar aquelas com taxa de juros maiores”, alerta. “E antes de atrasar alguma conta tente negociar com a empresa, dona daquela conta, para postergar a data de vencimento ou diminuir o valor das parcelas”, completa.

Paraná tem mais de 3,9 milhões de devedores

O Mapa da Inadimplência da Serasa mostra que o Paraná tem mais de 3,9 milhões de pessoas na inadimplência. A dívida soma R$ 21,5 bilhões, com uma média de R$ 5,4 mil para cada inadimplente. Isso representa 43,61% da população adulta no Estado, percentual ligeiramente abaixo do índice nacional, que é de 43,88%.

Entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes têm entre 26 e 40 anos (35,8%), seguidos pela população de 41 e 60 anos (34,9%) e por pessoas com mais de 60 anos (16,8%).

A Serasa possui vários programas que vistam contribuir para a queda da inadimplência. Nos canais oficiais do Serasa Limpa Nome estão disponíveis mais de 76 milhões de ofertas. Débitos com mais de 400 empresas dos mais variados segmentos podem ser pagos à vista e com descontos de até 99%.