Polícia investiga golpe de empresa contra clientes em PG
Delegado Derick Moura Jorge vai conduzir as investigações após denúncias feitas por clientes e fornecedores
Publicado: 27/09/2022, 10:43
Uma empresa de festas está sendo investigada pela Polícia Civil de Ponta Grossa suspeita de aplicar golpes em clientes que teriam contratado serviços para a realização de eventos. Segundo denúncias feitas à Polícia, a empresa, além de não realizar as festas, estaria enviando comprovantes falsos de devolução do dinheiro aos contratantes.
A empresa não teria prestado o serviço contratado, embora recebesse os valores, além de realizar depósitos com envelopes em branco e também transferências com adulteração de comprovantes”, explica o delegado Derick Moura Jorge, que será o responsável por conduzir as investigações. Segundo ele, até o momento, 10 pessoas procuraram a 13ª Subdivisão Policial (13ª SDP) para denunciar a empresa; porém informações preliminares dão conta que o número de pessoas e fornecedores lesados pode passar de 30.
O delegado ainda destacou que, no decorrer das investigações, os representantes da empresa deverão ser chamados para depor e, se as denúncias se confirmares, serem indiciados pelo crime de estelionato. “Essa conduta, de não realizar os eventos e também de eventuais fraudes nas transações bancárias, se encaixam no crime de estelionato e possui pena máxima de cinco anos de detenção”, explica Jorge. Em um dos casos, o prejuízo de um fornecedor teria chego aos R$ 10 mil.
Outro lado
Em manifestação à imprensa, o advogado responsável pela empresa denunciada disse que "a empresa entrou em uma grande crise financeira, que chegou ao seu limite, culminando na interrupção de novos contratos, não sendo possível prosseguir nem realizar novas contratações. Ao retorno das atividades, tendo a empresa lutado de todas as formas para não chegar nesta situação, acabou por não conseguir honrar na integralidade com todos os seus contratos, seja com clientes ou fornecedores", ressalta. O pronunciamento ainda diz que "as alegações de crimes praticados, entendendo se tratar de quebra de contratos bilaterais" e diz que a empresa "a empresa buscará as formas de saldar todos os pontuais casos ao seu tempo", completou.