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Por que parece que ficamos mais doentes à noite?

Professor Everson Augusto Krum explicou mais sobre a fadiga e as doenças que aparecem no final do dia

Everson Krum explica mais sobre o funcionamento do cortisol no corpo humano
Everson Krum explica mais sobre o funcionamento do cortisol no corpo humano -

Da Redação

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Professor Everson Augusto Krum explicou mais sobre a fadiga e as doenças que aparecem no final do dia

Quando chega a noite, você sente um certo cansaço ou tem dor, febre e tosse? Muita pessoa sente, até um incômodo e desânimo, e se perguntam, por que passamos o dia bem, as crianças brincam e participam normalmente de atividades durante o dia, e a partir do final da tarde tudo muda. Debatendo sobre o assunto,  Everson Augusto Krum, doutor em Hematologia pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, explicou mais sobre o que acontece com o nosso corpo e que podem justificar os sintomas.

Segundo o médico, muitas vezes ao retornar para casa após o trabalho ou outra atividade, mães e responsáveis encontram crianças doentes ou os próprios adultos começam a manifestar sinais de doença, dores e incômodos, e então vão procurar atendimento, causando a superlotação em serviços de emergência. Logo, segue aquele questionamento: por que à noite?

O professor comenta que parte disto tem uma explicação fisiológica. "É o ciclo circadiano, nosso relógio biológico que funciona 24 horas por dia e tem muitos processos regulados, por exemplo, pela exposição à luz. Quando ficamos doentes, muitas vezes os sintomas começam a aparecer à noite devido a um hormônio chamado cortisol!",  enfatiza ele.

A ciência explica que o cortisol é um hormônio corticosteroide da família dos esteroides, liberado pelas glândulas que ficam acima dos rins, as suprarrenais ou adrenais e que é mediador de diversos processos fisiológicos dentre eles, promover o estado de atenção e vigília para realização de trabalhos e tarefas difíceis, sendo muitas vezes chamado de hormônio do estresse. Tem função primordial para manter a pressão estável, ajuda a regular consumo de açúcar e diminuir o gasto de energia, para ser utilizado em momentos de perigo e estresse. De acordo com Everson, são muito bem caracterizadas as doenças decorrentes da produção pelas adrenais de maior e menor quantidade de cortisol, assim como há uma gama de medicamentos derivados deste corticosteroide e com amplo uso na saúde.

Ele também ressalta que durante o dia, quando estamos acordados, nosso corpo está de prontidão e trabalhando na sua capacidade máxima, num estado de vigília que tem também nosso sistema imunológico pronto para reconhecer os mais diversos invasores. Isso tudo é devido à liberação de cortisol, em grandes quantidades pela manhã e que vão diminuindo até o final da tarde. No período noturno há menos hormônio circulando, permitindo descanso e relaxamento.  Pessoas que trabalham à noite tem o ritmo invertido.

"Com a chegada da tarde e noite, há menor quantidade e circulação de cortisol e começam os sintomas inflamatórios como febre, dor e crises brônquicas, aparecem sintomas de alergia como coceira, rinites e coriza e ainda por ficar deitado, o organismo tem mais dificuldade em eliminar as secreções formadas nas vias aéreas, piorando a tosse, ocorrendo obstrução nasal e dor de ouvido devido à pressão exercida pelas secreções no tímpano.", explica.

Assim, conhecendo um pouco mais do funcionamento do nosso organismo, já que estamos entrando nas estações mais frias do ano, com maior aglomeração e circulação de vírus. Segundo o médico, é questão de tempo para observarmos (com ja tem ocorrido) o aumento na procura por atendimento em saúde no período noturno, onde um dos responsáveis por isso é o cortisol.

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