Frente Nacional e Luta conversa sobre as ocupações em PG | aRede
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Frente Nacional e Luta conversa sobre as ocupações em PG

Foram duas ocupações nos últimos meses. Uma ocorreu no Parque das Andorinhas e outro no Parque dos Sabiás

Ao todo são aproximadamente 700 famílias morando no Parque das Andorinhas
Ao todo são aproximadamente 700 famílias morando no Parque das Andorinhas -

Hurlan Jesus

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Foram duas ocupações nos últimos meses. Uma ocorreu no Parque das Andorinhas e outro no Parque dos Sabiás

São mais de dois meses que os moradores da ocupação do Parque das Andorinhas estão morando na região. O Portal aRede/Jornal da Manhã conversou com um dos coordenadores da ocupação, o advogado Leandro Dias. Segundo ele, são mais de 700 famílias que estão morando na região, desde o dia 03 de dezembro do ano passado, quando foi dado início a ocupação.

“São mais de 700 famílias que estão ocupando a região do Andorinhas. Entre eles tem trabalhores com carteira assinada, trabalhadores autônomos e também desempregados (as)”, comenta Leandro, que reforça a importância do movimento. “A Frente Nacional de Luta (FNL), luta por terra, dignidade no trabalho e liberdade. Liberdade do estado opressor, que mais dificulta do que ajuda a vida dos trabalhadores”.

Leandro Dias, também ressaltou que na outra ocupação, no Parque dos Sabiás não houve reintegração de posse, como um setor da mídia e algumas instituições estão comentando. “O que houve no Parque dos Sabiás, não foi uma reintegração de posse. O que houve lá foi uma irregularidade enorme. Porque não houve nenhum deferimento por parte da juíza. O que houve lá, foi um crime. Pois vai contra uma determinação do Superior Tribunal Federal (STF)”. O coordenador se refere a Lei n° 14.216/2021, no qual não pode haver despejo até 31 de março de 2022, por causa da pandemia.”

Segundo Leandro, nesta quarta-feira (16), foi encaminhada para a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, explicações do ocorrido no Parque dos Sabiás, além de pedirem indenizações, “Vamos pedir indenização para as famílias, principalmente as que tem crianças e saíram traumatizadas com o que ocorreu”.

Na próxima quarta-feira (23) está marcada audiência de conciliação para definir como serão os trâmites referentes à ocupação ocorrida no Parque das Andorinhas. Caso haja a desocupação, segundo Leandro, cabe ao Poder Público encontrar um lugar para os moradores, “Porque quando está estabelecido a ocupação, já tem as casas, pessoas morando construindo, além do pacto com os Direitos Humanos, que o Brasil assinou, onde a responsabilidade é do Poder Público. Até podem tirar as pessoas dali, porém deve encontrar outro lugar para abrigar as famílias”, finaliza Leandro.

Morador consegue economizar dinheiro

A partir do momento em que Diego Silva, passou a morar no Parque das Andorinhas em dezembro do ano passado, através da ocupação. O trabalhador autônomo de pintor e motoboy, não precisou pagar mais aluguel, e com a ajuda do Movimento, está conseguindo sobrar dinheiro para ajudar a família. “Morava no Santa Mônica, pagava R$ 500 de aluguel e mais R$ 400 de água e luz. Desde o momento em que estou mornado aqui, estou economizando o dinheiro do aluguel, investindo na construção da minha casa, que é meu sonho. E com a ajuda de todos aqui do Andorinhas, estou conseguindo fazer sobrar um dinheirinho para ajudar minha esposa e meus filhos”, finaliza o morador. 

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