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PG prevê construção de prédios no entorno do Lago de Olarias

Proposta apresentada pelo Iplan permitiria a construção de edifícios de 14 andares; ideia seria estimular o comércio da região.

Lago de Olarias tem sido um dos principais pontos turísticos da cidade de Ponta Grossa
Lago de Olarias tem sido um dos principais pontos turísticos da cidade de Ponta Grossa -

Rodolpho Bowens

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Proposta apresentada pelo Iplan permitiria a construção de edifícios de 14 andares; ideia seria estimular o comércio da região

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), por meio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Iplan), pretende alterar o zoneamento no entorno do Lago de Olarias. Dessa forma, permitindo a construção de edifícios de até 14 pavimentos no local. O assunto foi debatido na 4ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal da Cidade, realizada de maneira on-line em 22 de dezembro de 2021 – as conversas entre os integrantes foram disponibilizadas no Diário Oficial da cidade da última sexta-feira (28).

Segundo a proposta do Iplan, o entorno do Lago de Olarias passaria a ser dividido em algumas partes, indicando o que poderia ser construído em cada local. De acordo com Karla Volaco Gonzales Stamoulis, arquiteta urbanista representante do Iplan, a ideia é estimular o comércio da região e a verticalização dos imóveis ao redor do ponto turístico ponta-grossense. Celso Augusto Sant’Anna, diretor do Iplan, afirmou, na reunião, que um estudo já está sendo feito pelo Instituto de Pesquisa há meses, permitindo a construção de edifícios de 14 andares.

Por conta dessas mudanças, que deverão constar no Plano Diretor de Ponta Grossa – que pode ser votado neste ano –, Jarbas Goes, representante da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg), se mostrou preocupado com a questão das sombras dos possíveis futuros prédios, o que atrapalharia o Lago de Olarias. Sobre essa situação, Celso afirmou, na 4ª Reunião, que isso poderia acontecer no Lago II. Entretanto, no Lago I não haveria essa possibilidade.

Quem também se manifestou sobre o assunto foi Márcio Martins de Rezende, representando a Procuradoria-Geral do Município (PGM). Para ele, seria necessário ter uma conciliação entre a sombra, o adensamento e a utilização do Parque, “que cada um ceda um pouco para que tenhamos o progresso da cidade, pois é uma área que merece ser adensada”. Além disso, ele afirmou que, “de uma forma geral, o projeto realizado pelo Iplan ficou muito bom”, comentou na 4ª Reunião, disponível no Diário Oficial.

O Portal aRede também entrou em contato com a presidenta da Comissão de Agricultura, Pecuária, Indústria, Comércio, Turismo e Meio Ambiente (CAPICTMA) da Câmara Municipal de Ponta Grossa, Josiane Schade Kieras (PSOL), para saber se o grupo já teria recebido algum posicionamento do Poder Executivo sobre o tema. Segundo ela, ainda não houve esse contato, portanto, seria necessário um estudo mais “aprofundado do projeto, para emitirmos um parecer sobre o tema com responsabilidade e coerência”, explicou.

Mudanças no zoneamento

De acordo com a proposta do Iplan – a imagem do projeto pode ser acessada na galeria de imagens desta notícia, no início do texto –, a ‘Zona Especial Lago de Olarias I (ZELO I)’ possibilitaria a instalação de imóveis com até quatro pavimentos. Nesse local, está prevista a aplicação do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo nos imóveis não utilizados, não edificados ou subutilizados.

Já a ‘Zona Especial Lago de Olarias II (ZELO II)’, pela proposta, permitiria os edifícios com até 14 pavimentos. A área compreende quadras entre o limite oeste do loteamento do Jardim dos Lagos, prevendo ligação da Rua Lagoa Azul com a Rua Gualachos. Nesse espaço, também deve ser priorizado a aplicação do IPTU Progressivo no Tempo.

Além disso, há a ‘Zona Mista II’, a qual seria de uso residencial, com estabelecimentos comerciais e de serviços. Segundo a proposta do Iplan, é o zoneamento mais comum na cidade de Ponta Grossa. Por fim, são apresentadas a ‘Zona de Estruturação Ambiental (ZEA)’, ‘Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPA)’, ‘Zona Especial de Parques (ZEP)’ e ‘Zona Especial de Interesse Social (ZEIS)’. Nessas, há explicações sobre preservação do meio ambiente, incentivo ao uso do transporte público, recuperação urbanística, entre outros.

Presentes

Participaram da 4ª Reunião as seguintes lideranças: Celso Augusto Sant’Anna (Iplan); Karla Volaco Gonzales Stamoulis (Iplan); Márcio Martins de Rezende (PGM); Orlando Sérgio Hennenberg (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Planejamento – SMIP); Donizete Chaves da Cruz (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – Crea); Jarbas Goes (Acipg); Claudimar Barbosa da Silva (Ordem dos Advogados do Brasil – OAB); Juarez Alves (antiga Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte – AMTT); Carlos Kravicz (Observatório Social do Brasil – OSB/PG); e Andrea Tedesco (Acipg).

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