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PG poderá receber megaprojeto com aporte de R$ 120 mi

Urbanizadora projeta construção de uma ‘cidade inteligente’, com área residencial, comercial e industrial

‘Cidade inteligente’,  possui área residencial, comercial e industrial
‘Cidade inteligente’, possui área residencial, comercial e industrial -

Fernando Rogala

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Urbanizadora projeta construção de uma ‘cidade inteligente’, com  área residencial, comercial e industrial 


Ponta Grossa pode receber um megaprojeto na região do bairro Cará-Cará e do Distrito Industrial: a construção de uma ‘Cidade Inteligente’. Com um investimento inicial de R$ 120 milhões em uma área de quatro milhões de metros quadrados, o empreendimento de âmbito comercial e residencial atende pelo nome de ‘Smart City’, e foi projetado por uma empresa urbanizadora de Maringá, a RR Padrão Empreendimentos Imobiliários. O conceito consiste na construção de uma cidade sustentável, de forma a ter tudo próximo, para evitar deslocamentos maiores: residências, instituições de ensino, pontos comerciais, empresas, indústrias de baixo impacto ambiental, hospital, entre outros. Assim, será possível estudar, trabalhar e viver próximo onde mora.

A construção será viável devido a um Projeto de Lei, votado na Câmara de Vereadores no final de 2020, e promulgado em março de 2021, publicado em Diário Oficial, que altera a Lei Municipal n° 6.329. O projeto promulgado (Lei nº 13.872) atende às exigências da construtora, que solicitou a alteração de zoneamento de algumas áreas onde o empreendimento foi projetado: áreas antes consideradas Zona Residencial 3 e 4 (ZR3 e ZR4) e Zona Industrial agora foram convertidas para Zona Comercial. A região foi escolhida, informou a empresa, após passar por critérios rígidos e exclusivos, por conter fatores positivos, estratégicos e logísticos para a implantação de um empreendimento do gênero.

A área total do empreendimento é de 4.042.679,22 m², sendo que a maior parte desta área será destinada para lotes residenciais, no total de 1,13 milhão de m², e mais 692 mil m² de área para lotes industriais. As áreas de mata se aproximam de 1 milhão de metros quadrados: 554,6 mil m² de área de preservação permanente; 53,8 mil m² de vegetação nativa e mais 383,4 mil m² de área verde. O sistema viário irá ocupar 797 milhões, e outros 211,8 mil m² serão destinados a equipamentos comunitários e urbanos. Somente a área residencial é subdividida em 1993 lotes diferentes.

De acordo com a empresa, a intenção é construir um bairro planejado com uma visão diferente de loteamento, pautado pela máxima mobilidade urbana, segurança pública, sustentabilidade em consonância com o meio ambiente, fortalecendo a economia local em áreas específicas para a instalação de centros comerciais, centros empresariais, agregando comodidade e lazer aos moradores, reduzindo os custos de transporte. Até porque, pela sua estruturação, haverá redução de concentração de veículos e densidade populacional na região central, aumentando a qualidade de vida. A empresa afirma já ter a confirmação da instalação de um hospital e em fase final para a confirmação de uma universidade. 

No quesito empresarial, haverá espaços para a implantação de galpões, armazéns digitais, parques tecnológicos, e indústrias de baixo impacto ambiental. Tudo em um projeto que contempla a separação de um centro comercial/empresarial, com ampla área de lazer; da parte ‘industrial’; de as áreas industriais, com essa divisão feita por cinturões verdes, com a preservação das margens do rio Cará-Cará. Dessa forma, segundo a empresa, será criada uma zona de amortecimento, diminuindo ao máximo os ruídos e as poluições entre a área industrial e demais áreas de convivência residenciais e comerciais.

Área total do projeto conta com mais de  4 milhões de m²

A área escolhida para sediar o empreendimento contempla inúmeras propriedades rurais. O espaço de mais de 4 milhões de metros quadrados está inserido às margens do Contorno Leste, com um dos acessos pela Avenida Pedro Wosgrau (e outro pela BR-376), fazendo divisa, no lado oposto, com a Fazenda Modelo da Embrapa, com um dos lados fazendo fronteira com o Distrito Industrial, e o outro com o loteamento Monte Hermon, em construção. O investimento, informa a empresa, seria custeado “pela participação de diversos grupos de investidores”. A sua construção tem previsão para cinco anos.

CDEPG não aconselhou emissão alvará

O projeto foi enviado para a Câmara com a assinatura do então prefeito Marcelo Rangel, onde informava, em uma mensagem (nº 094/2020), que a atualização do zoneamento para receber o empreendimento obteve parecer favorável do Conselho da Cidade, em reunião realizada em setembro de 2020. O projeto foi aprovado pelos vereadores, sem muito alarde, em novembro de 2020. Ainda em novembro, o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) votou sobre a emissão do alvará para a empresa, e a maior parte dos votos foram contrários: 14 contra e apenas um favorável, desaconselhando, portanto, a emissão do alvará por parte da prefeitura. Entre os assuntos debatidos na reunião foi a necessidade de haver uma zona de amortecimento em toda a área da zona industrial, e que não haveria sentido em invadir o Distrito Industrial com construções residenciais, sendo que a cidade possui inúmeros vazios urbanos para empreendimentos residenciais.

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