Küller amplia combate às motos barulhentas em PG
Autor de projeto que proíbe contratação de entregadores com moto adulterada, vereador quer proibir venda de escapamentos abertos
Publicado: 22/02/2021, 18:41
Autor de projeto que proíbe contratação de entregadores com moto adulterada, vereador quer proibir venda de escapamentos abertos
O vereador Júlio Küller (MDB) usou a tribuna da Câmara de Vereadores para defender seu projeto de lei que proíbe a contratação de entregadores que utilizem em suas motocicletas o escapamento aberto. O representante do MDB na Casa de Leis disse que, desde que o projeto se tornou público, recebeu várias mensagens de apoio, mas também foi ameaçado e algumas pessoas com motos barulhentas foram até sua casa para “intimidá-lo”.
“Como todos sabem, o Contran [Conselho Nacional de Trânsito] proíbe esse tipo de escape, então não tem nada de novo”, explica o parlamentar. “O que queremos é que o município participe dessa fiscalização, visto que a PM, órgão estadual, não consegue fazer essa fiscalização corretamente”, pondera o emedebista. Para ele, essa é uma demanda da sociedade como um todo e que esse problema afeta principalmente hospitais, escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).
Além dessa proposta, que já causou reação entre motociclistas profissionais, ele anunciou uma nova proposta também com o objetivo de impedir o uso desse tipo de equipamento. O projeto de lei 15/2021, de autoria de Küller, estabelece que “fica proibida a venda de escapamentos de veículos automotores que não estejam de acordo com as resoluções do órgão de trânsito que não atendam às exigências do Código de Trânsito Brasileiro [CTB], principalmente quanto à emissão de ruídos”.
“Esses escapes abertos continuam sendo vendidos mesmo sendo proibidos pelo Contran, então nosso projeto só faz com que se cumpra a lei já existente”, sinaliza Küller. Ele aponta ainda que “não tem nada contra as pessoas que utilizam motos para seu trabalho, até porque minha esposa utiliza moto e faz entregas, mas não usa escape barulhento”. Além das ameaças e das mensagens de repúdio, o vereador garante que também foi apoiado pela maior parte das pessoas com quem manteve contato e pediu apoio dos companheiros de Casa para a aprovação do PL.