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Perfil no Instagram auxilia mulheres vítimas de assédio

A ‘Explanando Assediadores PG’ foi criada há duas semanas e já recebeu aproximadamente 400 relatos de assédio em Ponta Grossa

Em pouco mais de duas semanas a página já tem 2729 seguidores
Em pouco mais de duas semanas a página já tem 2729 seguidores -

Da Redação

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A ‘Explanando Assediadores PG’ foi criada há duas semanas e já recebeu aproximadamente 400 relatos de assédio em Ponta Grossa  

De acordo com o ‘Relógios da violência’, do Instituto Maria da Penha, uma mulher é vítima de assédio no Brasil a cada 1,4 segundo. Uma realidade de abusos e constrangimentos que em grande parte das vezes não são denunciados por diferentes motivos como medo, vergonha, certeza de impunidade e falta de informação. Sabendo disso e tentando ajudar, foi criada há algumas semanas a página no Instagram ‘Explanando Assediadores PG’, um espaço para que as mulheres conheçam seus direitos e saibam que não estão sozinhas.   

Foi após ver mulheres expondo seus agressores em redes sociais, sem o devido cuidado ou aconselhamento jurídico, que uma ponta-grossense se comoveu e decidiu fazer algo. “Pensei em criar a página e imaginar uma forma que pudesse proteger a identidade delas e que elas pudessem contar sua história sem precisar se expor”, explica a idealizadora que, por questões de segurança, prefere não se identificar.

Em duas semanas de atividades os números chamam atenção: a página já se aproxima de 3 mil seguidores – mulheres e comunidade LGBT – e aproximadamente 400 relatos de assédio. As denúncias se multiplicam e uma vai puxando a outra, repetindo agressores, ligando lugares e gerando coragem para que mais mulheres não se calem:

“Me senti muito mal, alguns meses depois cobri a tatuagem porque ela me lembrava dessa situação nojenta” “Na época eu queria denunciar, mas tinha medo de retaliações principalmente por parte do meus próprios pais” "Não sei quem é, mas fiquei com medo de denunciar e achar ele e acontecer novamente o ocorrido, sabe? Nunca mais, eu evitava pegar o ônibus nesse horário, depois no outro ano troquei de turno".

Para a criadora da página, que sempre teve o desejo de ajudar outras mulheres, a procura altíssima reflete o tamanho do problema. “Chega a ser triste o tanto de vítimas, elas acabam tendo medo ou achando que já passou muito tempo para denunciar e poupando os agressores. Precisamos disso, precisamos de união, precisamos de segurança’, comenta.

Além de espaço para depoimentos, a página também faz postagens instrutivas, discorrendo sobre os tipos de violência contra a mulher previstos na legislação brasileira, com dicas de como se proteger no dia a dia, e o mais importante, como denunciar.

O projeto também conta com profissionais de diferentes áreas que prestam trabalham voluntário, auxiliando as vítimas de assédio. “Em alguns casos é ofertado um acolhimento com uma psicóloga, advogadas em caso de dúvidas e assistente social caso a mulher esteja vulnerável”, explica a administradora.

Todas as informações divulgadas na página são feitas de forma anônima, por isso os nomes foram omitidos nesta reportagem.

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