Gás está em falta nas revendas em Ponta Grossa
principal motivo é a grande procura durante pandemia. Distribuição será normalizada nos próximos dias
Publicado: 08/04/2020, 20:21

Principal motivo é a grande procura durante pandemia. Distribuição será normalizada nos próximos dias
A alta procura de gás por parte da população fez com que haja escassez de gás de cozinha (GLP) em revendedoras do produto em Ponta Grossa. O aumento da demanda ocorreu não apenas no país, mas também no município, devido à pandemia mundial do coronavírus. Assim como ocorreu com produtos em supermercados, houve o temor da falta do produto no futuro, o que fez com que as vendas crescessem em pelo menos 23% no acumulado de maio, segundo números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), esgotando os estoques em todo o país. Além disso, um duto da Petrobrás estava em manutenção em São Paulo, o que fez com que o abastecimento nacional também fosse prejudicado.
Na revenda Loureiro’s Gás Uvaranas, por exemplo, a procura chegou a dobrar nas últimas semanas. A empresa informou que a falta de produtos começou a ocorrer há duas semanas e ocorre em todas as outras empresas do setor no município. Um representante da empresa informou ao Portal aRede que a revenda, que agenda entre 500 e 600 botijões por dia, está recebendo cerca de 100, cujos produtos chegam ao final do dia. Com isso, a empresa acaba agendando as entregas. A falta ocorre tanto nos P13 quanto nos P45 ( botijões de 13 quilos e botijões de 45 quilos). Não houve alta no preço do produto
A perspectiva, no entanto, é que esse panorama mude nos próximos dias. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou, nesta quarta-feira (8), através de nota oficial, que houve a chegada de carga adicional de 40 mil toneladas de gás importado pela Petrobras. Segundo a nota, esse fato, aliado com a retomada da operação do duto da petroleira em São Paulo, que estava em manutenção, já foi iniciado o transporte de GLP, tanto de Mauá, em São Paulo, quanto de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para abastecimento das bases de engarrafamento.
A partir dessa distribuição, o produto virá ao Paraná. O gás, em quantidade equivalente para encher 3,2 milhões de botijões de 13 quilos, será destinado às bases de Canoas (RS), Araucária (PR), Betim (MG), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Brasília (DF), Goiânia (GO), Mataripe (BA) e Gurupi (TO). Dessas bases, o produto envasado em botijões seguirá para reabastecer os pontos de venda. “Em poucos dias, estima-se que haverá forte melhora no abastecimento dos pontos revendedores. (...) O Sindigás reitera o pedido à população para que fique em casa e compre gás de forma consciente e solidária, sem fazer estoque”, dizia a nota.
Combustíveis não estão em falta
Por outro lado, não há o risco da falta de combustíveis. Embora também seja do setor de energia, distribuído pela refinaria em Araucária, o presidente do Sindicato dos Operadores dos Postos de Combustíveis de Ponta Grossa e Região, Hélio Sacchi, garantiu que a distribuição da gasolina está normal. O setor não registrou aumento nas vendas – muito pelo contrário: com a recomendação do isolamento e pessoas trabalhando Home Office, o transito teve redução, baixando o consumo dos combustíveis em Ponta Grossa e no país.