Câmara aprova urgência em projeto que limita funções de agentes do EstaR | aRede
PUBLICIDADE

Câmara aprova urgência em projeto que limita funções de agentes do EstaR

Projeto prevê corte de funções gratificadas previstas em lei, mas que nunca foram aplicadas

Agentes do EstaR temem pelo fim da categoria
Agentes do EstaR temem pelo fim da categoria -

Afonso Verner

@Siga-me
Google Notícias facebook twitter twitter telegram whatsapp email

Projeto prevê corte de  funções gratificadas previstas em lei, mas que nunca foram aplicadas

A Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) aprovou, nesta terça segunda-feira (17), o regime de urgência no projeto 447/2019 - enviado ao Poder Executivo ainda em 2019. Na prática, a proposta é extinguir a possibilidade de que os agentes de fiscalização da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT) atuem de forma mais ampla, com outras atribuições, e ganhem um adicional de R$ 964,21 por essa prática. A proposta prevê a criação do EstarTran (Estacionamento Regulamentado e Fiscalização de Trânsito). 

O texto que o Poder Executivo quer revogar foi aprovado à pedido da própria Prefeitura em 2015, no entanto nunca entrou em vigor. A lei previa que os agentes de fiscalização do Estacionamento Regulamentado (EstaR) também pudessem aplicar outras multas de trânsito, prestar atendimento a acidentes, conferir documentação de veículos e motoristas e, inclusive, efetuar prisões em flagrante em casos de crimes de trânsito. Essa possibilidade só seria efetiva depois que o servidor realizasse cursos específicos para atuar desta forma. 

Mesmo que aprovado desde 2015 pelo Legislativo, a proposta nunca entrou em vigor. No novo projeto enviado ao Poder Legislativo, a Prefeitura ressalta que diante das mudanças no Estacionamento Regulamentado, o Estar Digital. “Essa ação não traz prejuízos aos servidores uma vez que essa lei nunca foi implementada e não existem agentes de trânsito nesta função”, diz a mensagem assinada pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB).

A limitação das funções dos agentes do EstaR já havia sido exposta por uma fonte consultada pelo portal aRede. Na prática, os servidores temem pelo fim da categoria com a implementação do EstaR Digital e com o uso de viaturas com câmeras na fiscalização. Com a aprovação do Regime de Urgência, o projeto tem até 30 dias para ser votado e aprovado no plenário da Casa de Leis. 

Kalinoski fez duras críticas ao PL

Eduardo Kalinoski (PSDB) votou a favor do regime de urgência do projeto que extingue a ampliação das funções dos agentes, mas em seguida usou a tribuna para tecer críticas ao projeto. “Votei a favor da urgência para votar imediatamente contra o projeto”, disse. A iniciativa foi aprovada em um período em que Kalinoski era presidente da AMTT. “A ampliação das funções dos agentes de trânsito é uma necessidade da cidade”, afirmou.

Regime de urgência

Ao ser votado em plenário, o pedido de regime de urgência recebeu o voto contrário dos vereadores George de Oliveira (PMN), Geraldo Stocco (REDE), Sargento Guiarone (PROS), Pietro Arnaud (REDE), Ricardo Zampieri (PSL) e Valtão (Progressistas) - o vereador Sebastião Mainardes (DEM) estava ausente e não votou. Os demais vereadores votaram a favor, exceto Daniel Milla (PV), presidente da Câmara, que nestes casos não tem direito a voto. O placar final se manteve em 14 votos favoráveis e seis contrários. 

PUBLICIDADE

Participe de nossos

Grupos de Whatsapp

Conteúdo de marca

Quero divulgar right

PUBLICIDADE