Família contesta demolição de casa no Parque Linear
Versão da Secretaria Municipal de Serviços Públicos é de que a edificação já estava parcialmente destruída e era um local onde usuários de drogas consumiam ilícitos
Publicado: 30/04/2019, 17:23
Versão da Secretaria Municipal de Serviços Públicos é de que a edificação já estava parcialmente destruída e era um local onde usuários de drogas consumiam ilícitos
As obras do Parque Linear em Ponta Grossa iniciaram há meses e, durante as várias etapas do processo, a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa teve de realizar inúmeras adaptações em terrenos para contemplar tudo aquilo que o projeto previa. Em uma dessas adaptações, no entanto, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos teria demolido a residência de uma família sem autorização da mesma.
De acordo com informações do advogado do caso, Leandro Ferreira do Amaral, a casa foi demolida sem que os servidores municipais tivessem procurado o responsável pelo prédio para pedir qualquer tipo de autorização. O advogado destaca ainda que a família sempre pagou os impostos em dia e que a atual proprietária, Edilamar da Silva Gomes, teria recebido o imóvel de herança, quando seu marido veio a falecer.
A casa da família não estava ocupada no momento, porém estava disponível para locação. Segundo Marcos da Silva Gomes, filho da proprietária, havia uma placa de ‘aluga-se’ no muro do imóvel, e a edificação estava em perfeito estado: tinha telhado, muro, estava pintada e até uma garagem.
O Secretário de Serviços Públicos do município, Márcio Ferreira, confirma que os restos de uma edificação foram demolidos. No entanto, ele destaca que o imóvel já estava deteriorado mesmo antes da ação que envolvia execução das obras para o Parque Linear. De acordo com o Secretário, “só havia três paredes ali e nenhum telhado, inclusive era um local utilizado para o consumo de drogas, estava abandonado e todos os vizinhos agradeceram e parabenizaram a ação da Prefeitura no local”.
O advogado Leandro Ferreira do Amaral alega que logo após terem notícia sobre a demolição da edificação, a família ainda instalou uma placa no local para anunciar a venda do terreno. De acordo com o ele, agentes da Prefeitura também teriam retirado a placa.
O Secretário de Serviços Públicos não confirma esta informação, e destaca que o local estava cheio de fezes e que até um cachorro morto foi encontrado. “Nós limpamos e revitalizamos o espaço para seguirmos com as obras, essa história de que derrubamos uma casa é mentira”, afirma.
Os próximos passos da família serão entrar com uma ação indenizatória por desapropriação indireta, que está sob responsabilidade do advogado Leandro Ferreira Amaral.