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Rebelião deixa presídios de PG em estado de alerta

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Gabriel Sartini

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A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do estado, que começou na manhã de domingo (24), mobilizou negociadores do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Paraná. O motim dos presos durou mais de 44 horas e só foi encerrado na madrugada desta terça-feira (26). Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns durante todo o período e cinco presos foram mortos. A situação ligou o alerta das unidades prisionais de Ponta Grossa.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), a PEC abrigava 1044 detentos. A capacidade da unidade é de 956. A rebelião começou em uma galeria do presídio que deveria ter no máximo 16 presos, mas lá havia mais de 60 internos. Apenas nove agentes penitenciários cuidavam da área de segurança.

De acordo com a vice-presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, a superlotação e a falta de condições básicas de saúde foram o estopim da rebelião. “Não há manutenção nas unidades e neste ano não foram construídas novas penitenciárias. Os presos reclamam que a comida está ruim, que não há advogados para que seu processo ande. Não há o mínimo de material de higiene, até papel higiênico e pasta de dente estão em falta. Além disso, não há servidores penais. O número de trabalhadores em relação aos presos é bem menor”, comenta Sviercoski.

O motim na região oeste do Paraná repercutiu no Presidio Hildebrando de Souza em Ponta Grossa. Atualmente o cadeião abriga 665 presos, sendo que a capacidade máxima é de 207. De acordo com o vice-diretor do presídio, Everton Rodrigo Santos, todas as medidas de segurança estão sendo tomadas. “Não posso afirmar que o presídio não corre risco de sofrer rebelião, os números mostram isso. Por isso estamos em estado de alerta”, comenta. As atividades educativas e aulas de artesanato foram canceladas na unidade. O presídio está apenas fazendo transporte de presos até o fórum.

Sistema carcerário enfrenta crise

Segundo a vice-presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, o estado vive uma crise no sistema carcerário, porque o governo não investiu em manutenção e o número de funcionários é pequeno. “Apenas 400 agentes foram contratados em 2014. Nenhuma penitenciária nova foi construída, e as outras prisões disponíveis estão todas superlotadas. É claro que uma hora o negócio iria estourar”, protesta. “Esse caso em Cascavel é a 17ª rebelião registrada desde dezembro de 2013 no Paraná, cerca de 26 agentes carcerários foram feitos reféns nesses motins. Já consideramos que esta foi a pior rebelião de todos os tempos no estado”, finaliza.

Informações do Jornal da Manhã.

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