PUBLICIDADE

Marcelo Rangel sanciona lei da ‘transparência sindical’

Prefeito ressaltou necessidade de maior transparência no setor sindical. Medida deve entrar em funcionamento em 60 dias

Imagem ilustrativa da imagem Marcelo Rangel sanciona lei da ‘transparência sindical’

Prefeito ressaltou necessidade de maior transparência no setor sindical. Medida deve entrar em funcionamento em 60 dias

O prefeito Marcelo Rangel (PPS) reuniu o secretariado e membros do primeiro escalão do Poder Executivo para sancionar a lei 12.841, aprovada nesta segunda-feira (26) pela Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG). A proposta prevê a implementação da chamada ‘transparência sindical’ por parte das entidades sindicais que mantém vínculos com a Prefeitura de Ponta Grossa.

A proposta do Executivo prevê 19 itens de transparência por parte dos sindicatos, entre eles o Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ). Entre os quesitos exigidos pela lei estão a divulgação dos salários dos servidores dos sindicatos, dos dirigentes das entidades e ainda a arrecadação mensal das instituições. O projeto de lei (PL) aprovado pela Câmara prevê ainda a divulgação dos contratos firmados entre sindicatos e escritórios de advocacia.

Durante a coletiva convocada para a sanção da lei, Rangel descartou o argumento de que a proposta se trata de uma “represália” do Executivo Municipal após o debate do SindServ durante a discussão sobre o refinanciamento da dívida do município em FGTS feito nos meses anteriores. “Queremos apenas implementar no setor sindical a transparência que já existe por parte do Poder Executivo e Legislativo”, afirmou o prefeito.

Acompanhado de secretários, da vice-prefeita, Elizabeth Schmidt (PSB), e do procurador geral do município, Marcus Vinícius Freitas, Rangel ressaltou que a lei é “única no Brasil” e lembrou que uma medida semelhante, proposta pelo irmão, Sandro Alex (PSD), tramita na Câmara dos Deputados em Brasília. “Diante da crise política e institucional vivida no Brasil, precisamos de ampla transparência em todos os setores”, afirmou o vereador.

Além dos 19 itens propostos pelo Executivo, a medida ganhou uma emenda aditiva na Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG) e que deverá ser sancionada pelo prefeito. A emenda prevê que além das determinações propostas originalmente no projeto, os sindicatos tenham ainda que publicar no portal da transparência a lista de bens dos dirigentes – o projeto e a emenda receberam 21 votos favoráveis e apenas dois contrários no Plenário da Casa de Leis.

Ainda na coletiva, Rangel ressaltou que, no caso do SindServ, a entidade tem a “obrigação de ser transparente já que é mantida por funcionários municipais, pagos com dinheiro público”. “Todas as entidades que funcionam com servidores municipais cedidos ou mantém vínculos com a Prefeitura deverão seguir as determinações da lei”, disse o prefeito. A lei deverá ser publicada em Diário Oficial nesta quarta-feira (28) e prevê um prazo de 60 dias para que os sindicatos entreguem os documentos necessários e se adequem.

SindServ reafirma que “já é transparente”

Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã e do portal aRede, o presidente do SindServ, Leovanir Martins, garantiu que o sindicato já “é transparente com seus associados”. Em outras oportunidades, Martins já afirmou que a proposta “carece de inteligência” e que o SindServ não deve informações à Prefeitura, mas sim aos servidores. Nesta terça-feira (27), Leovanir disse apenas que irá aguardar a publicação da lei em Diário Oficial para se posicionar sobre o tema.

O quê

A lei da transparência sindical foi apresentada pelo Executivo Municipal durante o intenso debate sobre o refinanciamento da dívida da Prefeitura em FGTS. A proposta de refinanciamento chegou a ser rejeitada, mas foi reenviada por Rangel e aprovada na sequência com forte articulação da base governista.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE