Flanelinha briga e morre em frente ao ‘Paraguaizinho’
Principal suspeito é outro cuidador de carros, que fugiu logo após o crime. Comerciantes flagraram mesmos envolvidos brigando na terça e acionaram a Guarda, mas nada foi feito.
Publicado: 13/04/2016, 17:16
Principal suspeito é outro cuidador de carros, que fugiu logo após o crime. Comerciantes flagraram mesmos envolvidos brigando na terça e acionaram a Guarda, mas nada foi feito.
Uma discussão entre flanelinhas terminou em tragédia no final da tarde desta quarta-feira (13) no estacionamento em frente ao Shopping Popular – região conhecida como ‘Paraguaizinho’ em Ponta Grossa. Após uma briga por moedas, um dos envolvidos sacou uma faca e desferiu vários golpes contra o desafeto, que morreu pouco tempo depois.
Equipes de socorristas chegaram a ser acionados, mas o cuidador de carros morreu logo após a chegada do Samu e do Siate. Com diversas perfurações pelo corpo, ele não resistiu aos ferimentos e entrou em óbito dentro da ambulância. O corpo da vítima foi levado até a unidade do Instituto Médico-Legal (IML) de Ponta Grossa, ao lado da 13ª Subdivisão Policial (SDP). A Polícia Militar também esteve no local, registrando a ocorrência e colhendo informações sobre o suspeito do homicídio.
Segundo comerciantes, a discussão entre flanelinhas na região é comum. O presidente da Associação do Microempresários de Produtos Importados e Nacionais (Amepin) de Ponta Grossa, Anderson Dihlmann, confirmou à equipe do Portal aRede e do Jornal da Manhã que na terça (13) os dois rapazes já teriam se envolvido em uma discussão.
“Um dos rapazes chegou a gritar que iria matar o outro, mas os comerciantes conseguiram controlar a situação e chegamos a acionar a Guarda Municipal”, afirma. Dihlmann, no entanto, disse que nenhuma equipe de segurança pública foi até o local para averiguar a situação.
Os proprietários de lojas na região já estavam recolhendo assinaturas para que os órgãos públicos dessem mais atenção aos flanelinhas das proximidades. “Por conta deles perdemos muitos fregueses. O cliente tem medo de deixar o carro por ali e ser surpreendido com riscos ou amassados simplesmente não pagarem o dinheiro – que já é aplicado em impostos e na Zona Azul”, ressalta.
De acordo com Dihlmann, os flanelinhas envolvidos na situação já estavam há pelo menos seis meses no local. “Acredito que a discussão possa ter começado porque um deles se considerava o ‘dono’ do ponto, e não gostava que o outro cuidasse dos carros no mesmo lugar”, disse o presidente da Amepin.
O flanelinha não foi oficialmente identificado pelo IML até o fechamento desta reportagem. De acordo com funcionários do órgão, ele não portava documentos quando foi socorrido pelas equipes do Samu e do Siate.