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O último a sair apague a luz, por favor

Quem já passou pelo Pronto Socorro Municipal de Ponta Grossa (nem que seja só pela frente do prédio) já deve ter percebido quão caótica é a situação da área de saúde na cidade - não se enganem, essa não é uma exclusividade da Princesa dos Campos. E a 'batata quente' do governo Marcelo Rangel continua pulando, de mão em mão.

O último a abandonar o barco foi Erildo Müller - o farmacêutico saiu 'a francesa', em meio a uma enxurrada de críticas e mais críticas. Sai um farmacêutico e outro profissional da mesma área é 'favorito' para assumir: Eversom Krum, atual diretor do Hospital Universitário dos Campos Gerais (HUCG), é o mais cotado para 'segurar' a bomba relógio.

Para quem pensa que a dança das cadeiras é exclusividade da área da saúde, é só lembrar das recentes mudanças na Fundação de Cultura e na Secretaria de Assistência Social. Mesmo que as desculpas soem polidas e educadas (como a alegação de "problemas pessoais" ou "outros projetos profissionais"), as mudanças na equipe de Rangel traduzem duas coisas: ou a equipe foi mal montada ou (também) o grupo é mal administrado e conduzido.

Quanto a Secretaria da Saúde, especificamente, o problema é bem mais complexo. Mesmo que o mais competente dos profissionais assuma o cargo, as dificuldades históricas em oferecer um serviço de saúde de qualidade a população são mais do que evidentes. A grande maioria das críticas dos moradores da cidade e de outros políticos é, inevitavelmente, direcionada ao serviço municipal de saúde.

E outro fator que deverá pesar no encaminhamento da pasta é que a área da Saúde ainda leva um pesado fardo: todo mundo manda. As críticas ao vice-prefeito, Doutor Zeca e seu 'gabinete' no hospital São Camilo, acabam respingando, de um jeito ou de outro, em quem manda no ramo da saúde municipal.

Não bastasse isso, o sistema de saúde do município é, vire e mexe, o principal alvo dos comentários ácidos dos vereadores da cidade: Unidade de Pronto Atendimento da Santa Paula (ela existe?), Hospital da Criança (cadê o contrato?), Pronto Socorro Municipal (ar condicionado funcionando?) e por ai vai...

Com esse contexto, quem assumir a Secretaria de Saúde  (seja um(a) farmacêutico, dentista, enfermeira, mãe dináh ou papai noel) vai precisar de sorte, paciência e um tanto de coragem.

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