Cidade cenográfica de “Imperador” tem mais de 8 mil metros quadrados
Com uma área de 8,2 mil metros quadrados nos Estúdios Globo e um eixo construído de 100 metros, além dos entornos, a cidade cenográfica da novela vai reproduzir as várias regiões cariocas
Publicado: 14/03/2020, 05:30
Por tudo o que envolve, principalmente pesquisas e detalhes de reconstituição, uma produção de época consome um trabalho sem igual. Em muitos casos, anos, até sua entrada no ar. Com a próxima das seis, “Nos Tempos do Imperador”, que estreia dia 30, não seria diferente. Pra começar, cenários da novela “Novo Mundo”(2017) foram adaptados para retratar a Corte e o Brasil após a passagem de 34 anos, desde a Proclamação da Independência.
De acordo com o cenógrafo Paulo Renato, que assinou o trabalho de “Novo Mundo”, e divide a responsabilidade de “Imperador” com Paula Salles, nesta nova empreitada, eles têm o desafio de ultrapassar as três décadas que separam as duas novelas, mantendo alguns dos cenários utilizados na primeira trama, mas que sofreram as ações do tempo, como o Palácio da Quinta.
Os profissionais precisaram criar novos ambientes para retratar os avanços do Brasil da metade do século XIX. Juntos, eles contam com nove assistentes de cenografia. A equipe ficou cerca de um ano dedicada a pesquisar as referências da época. Além de livros, imagens e fotos de sites especializados, telas do pintor Thomas Ender serviram de inspiração para o trabalho estético, por ter viajado pelo Brasil a partir da chegada de Dom João VI, retratando o país em suas obras.
Com uma área de 8,2 mil metros quadrados nos Estúdios Globo e um eixo construído de 100 metros, além dos entornos, a cidade cenográfica da novela vai reproduzir as regiões cariocas da Rua do Ouvidor, da Pequena África, interligada com o Cais do Valongo, e o Passeio Público, a orla, que foi urbanizada e passou a ser frequentada na época.
Além disso, a cidade foi separada em dois espaços distintos: o novo, urbanizado, comercial, e o da Pequena África, empobrecido, envelhecido, antigo e colonial. O primeiro é o que Dom Pedro II gostaria de traçar para o Brasil; o segundo, representa a realidade que vinha se perpetuando.