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Governo do Paraná suspende vacinação contra febre a aftosa
A medida é fundamental para o agronegócio paranaense e dá novo status sanitário ao Estado.
Da Redação | 25 de outubro de 2019 - 08:58
A medida é fundamental para o agronegócio paranaense e dá novo status sanitário ao Estado.
O Paraná deixará de vacinar os rebanhos de bovinos e bubalinos
contra a febre aftosa a partir de 31 de outubro. A suspensão da vacinação foi
autorizada por instrução normativa assinada nesta terça-feira (15) pela
ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o
governador Carlos Massa Ratinho Junior, no Palácio Iguaçu.
A medida que proíbe o uso e a comercialização da vacina no
Paraná a partir do final deste mês atende o compromisso do Estado de conquistar
o status de área livre da aftosa. O fim da vacinação dará início à campanha de
cadastramento obrigatório de um rebanho de 9,2 milhões de cabeças, com
vigilância sanitária redobrada.
“É um momento histórico do Estado”, afirmou Ratinho
Junior na solenidade que teve a presença de criadores e lideranças do
setor. Ele destacou que o Paraná atinge um novo patamar sanitário no
agronegócio mundial e que o fim da vacinação contra a aftosa permite aos
produtores do Estado conquistar novos mercados nas cadeias de todas as carnes.
“Essa medida abre um leque de mercado no mundo. Cerca de 65%
dos países não compram carne suína do Paraná em função da vacinação contra
aftosa. A pecuária paranaense passa a ter um novo patamar. Vamos resgatar a
produção de bezerros, melhorar a genética animal e ampliar as granjas”, pontuou
Ratinho Junior.
O governador ressaltou o agronegócio é a vocação paranaense
e que a conquista deste novo status é resultado de um trabalho integrado e de
mudança cultural com os produtores. Ele também destacou que o Paraná já tem um
agronegócio sustentável e um modelo cooperativista pujante, e que o fim da
vacinação vai ajudar a aumentar esse protagonismo da produção estadual nos
cenários nacional e internacional.
Para a ministra Tereza Cristina, o Paraná inaugura uma nova
era sanitária no País. “Consideramos todos os critérios técnicos do Governo do
Estado. Houve um calendário de ações, investimentos financeiros e veterinários.
O Paraná vai ser uma excelência nas cadeias produtivas dos animais. Santa
Catarina era um Estado pequeno e que tinha muito mais facilidade nesse status.
O Paraná deu um passo enorme”, explicou.
A assinatura da instrução normativa representa mais uma etapa do processo que visa a obtenção do reconhecimento de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pelo Ministério da Agricultura, em setembro de 2020, e pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2021.
Informações: Agencia de Notícias do Paraná