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Pesquisadores da UEPG montam Museu que conta a história do Colégio Regente Feijó

Localizado no térreo do Colégio, Museu guarda objetos como uniformes da década de 60, lembranças de formaturas, fotografias de eventos e materiais didáticos

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Na sala de aula, carteiras de madeira maciça e o quadro com a data de abril de 1927. O que parece uma viagem no tempo é na verdade uma parte da mostra preparada por alunos e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), para o Museu do Colégio Regente Feijó. O espaço reúne objetos guardados desde a inauguração do prédio quase centenário. Depois de muito trabalho, o Museu abre para o público nesta quarta-feira (27).

Localizado no térreo do Colégio, o Museu guarda objetos variados, como uniformes da década de 60, lembranças de formaturas, documentos, fotografias de eventos, e materiais didáticos – destes, entram como destaques um gavião empalhado e peças artificiais do corpo humano. Todo o espaço foi pensado como um centro de memórias, que passam por quase um século do cotidiano escolar. O projeto nasceu em 2017 e envolveu pesquisadores e professores de diversas disciplinas da UEPG e do Colégio Regente, segundo o professor coordenador da iniciativa, Paulo Dias de Mello. “A gente prevê que este Museu permaneça ao longo do tempo. Por aqui, passaram gerações de estudantes e professores, e o projeto tenta agregar isso à memória local”, acentua o docente, que destaca a participação de alunos da Licenciatura em História e de estudantes do Regente, por meio do Programa Institucional de Iniciação Científica Júnior, Bolsistas e Voluntários (Pibic-Jr).

Uma dessas bolsistas é Ágatha Sewczuk, aluna do terceiro ano do Ensino Médio. A função da Pibic-Jr é cuidar do acervo cultural do Colégio. “Cuido dessa cultura material do Regente, dos objetos que fazem parte da nossa história. A gente tem um acervo muito grande aqui, e quero mostrar o quão importante é conhecer todo esse espaço”. Para o aluno da Licenciatura em História, Eduardo Brisola, dentre as peças do acervo, os mais interessantes são as atas. “Você consegue ver o que os alunos faziam e as anotações dos professores. Também podemos ver objetos que há 100 anos eram considerados modernos, e agora você consegue ver a evolução da tecnologia. Então tem várias coisas aqui bem interessantes”.

O aluno da Licenciatura em História João Victor Maciel de Souza, destaca que, além do Museu, o projeto também organizou exposições pelos corredores do Colégio, com objetos históricos. Com a data de inauguração marcada, a expectativa dos alunos é alta. “Focamos em em organizar o espaço e também fazer o local mais atrativo, pra que principalmente os colégios possam agendar as visitas”. Além dos estudantes da graduação e bolsistas do Pibic-Jr, também há trabalho voluntário de estudantes do Regente – Maria Eulália Araújo faz parte desse grupo. “Participar da organização é o máximo, porque você acaba tendo um outra visão do Colégio, e acaba valorizando a história que ele tem”.

Como parte do planejamento do Paraná em formar professores para o interior do Estado, o prédio onde hoje é o Regente surgiu primeiramente como a Escola Normal e um colégio de aplicação, em fevereiro de 1927. O edifício foi inaugurado na gestão de César Pietro Martinez, que hoje dá o nome ao Instituto de Educação. “Para equipar essa escola com aquilo que havia de melhor, do ponto de vista de material pedagógico, foram importados vários objetos da França, o que mostra o investimento por uma formação de qualidade a professores que deveriam se formar aqui e atuar no interior do Paraná”, explica o professor Paulo.

Na década de 30, houve uma pressão de que existisse mais colégios na cidade. “E aí eles fazem a transferência de espaço físico. A Escola Normal foi para onde hoje é o Centro de Cultura, e aqui passa a funcionar o Regente Feijó”, adiciona Paulo. Desde o início, o Colégio é público e gratuito, “mas tinha um processo seletivo para o ingresso. Então a gente percebe um esforço enorme da população para colocar os filhos numa escola que era de referência educacional no Paraná”.

Nas fotografias disponíveis na exposição, percebe-se que há uma maior quantidade de mulheres entre os formandos. O professor Paulo explica que, por conta das turmas de magistério, havia maior presença feminina nas salas de aula. “Os estudantes eram todos de alto poder aquisitivo, mas pelos registros a gente sempre percebe um esforço das camadas mais populares de colocar o seu filho aqui no Feijó”, completa.

Os agendamentos para visita podem ser feitos pelo Instagram do projeto.

Com informações do Portal UEPG.

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