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Os abusos dos motoristas e os números da Operação Natal

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Não adianta todo esforço operacional das autoridades de trânsito se o motorista não colaborar. Novamente, a Operação Natal da Polícia Rodoviária Federal, nas estradas do Paraná, é marcada pelos índices negativos. Entre terça-feira (23), até domingo (28), ocorreram 127 acidentes com 138 pessoas feridas e sete mortes.

Os números divulgados ontem (29), pela PRF, apontam que as principais causas dos acidentes estiveram relacionadas à ausência de reação do condutor e à reação tardia ou ineficiente, além de situações como falta de distância de segurança, ingestão de álcool, velocidade incompatível com a via e fatores ligados às condições do veículo e da via.

Nos sete acidentes com óbitos, todos ocorreram em condições de pista seca. Mais da metade (57,1%) foram em retas, 28,6% em curvas e apenas um em cruzamento (14,3%). Os sinistros fatais incluíram saídas de pista, colisões traseiras, laterais e transversais, bem como atropelamento de pedestre, com ocorrências distribuídas entre os períodos da manhã, tarde e início da noite.

Durante as ações de fiscalização, a PRF registrou 4.244 infrações de trânsito, com destaque para o excesso de velocidade (mais de 1,4 mil), além de irregularidades relacionadas a veículos não licenciados (435), ultrapassagens proibidas (280), falta do uso do cinto de segurança (244) e más condições dos veículos (123). Ainda, 60 autuações por uso irregular do dispositivo de retenção de crianças foram aplicadas.

É comum ouvir dos especialistas que acidentes não têm uma causa, têm várias. Os acidentes sempre são resultado de no mínimo três fatores concomitantes – como excesso de velocidade, veículo em mau estado de conservação, falta de atenção. Os fatores mais importantes estão relacionados à falta de atenção ou à negligência do motorista — tanto de automóveis quanto de motos, caminhões e ônibus.

Pode ser impopular, mas funciona. Vários estudos mostram que aumentar a fiscalização no trânsito reduz o número de acidentes. Isso pode ser feito por meio de uma legislação mais rígida. No final da década de 1990, quando entrou em vigor um novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), houve expressiva melhoria. Um estudo do Ipea destaca que uma série de alterações nas leis do setor (desde a obrigatoriedade do cinco de segurança até a chamada Lei Seca) também contribuiu para uma mobilidade mais segura.

Leis mais severas significam, quase sempre, punição mais ampla ou mais pesada. As multas maiores – como as aplicadas por dirigir bêbado –também tendem a contribuir para um trânsito mais seguro, assim como a implantação de fiscalização por radares.

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