Editorial
PG está na rota dos fenômenos climáticos de grande impacto
Da Redação | 26 de novembro de 2025 - 01:07
A forte tempestade de granizo, registrada no final da tarde de segunda-feira (24), com alto potencial de estragos em parte de Ponta Grossa, mostra a vulnerabilidade da cidade no enfrentamento a fenômenos climáticos de grande intensidade. É momento de repensar a estrutura urbana. Para a população, deve-se reforçar a importância da informação de qualidade para a prevenção.
A Prefeitura de Ponta Grossa mobilizou diversas equipes para atendimento da população afetada pelas chuvas. Mais de 1.520 famílias foram atendidas por agentes da Defesa Civil, Guarda Civil, Superintendência de Trânsito, e do Corpo de Bombeiros que realizaram a distribuição de lonas em três pontos da cidade - Sede do 2º Grupamento de Bombeiros, Base Uvaranas do Corpo de Bombeiros e Ginásio Poliesportivo do Santa Mônica.
A professora Karin Linete Hornes é uma especialista em tornados da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que com seus alunos realiza estudos sobre a incidência desses fenômenos no Brasil. O trabalho mais recente da dupla identificou 28 tornados em 2024, com a maioria concentrada na região Sul. O estudo da UEPG também destaca a importância da prevenção e da criação de cidades resilientes para mitigar os danos causados por eventos climáticos extremos.
A região sul foi a mais atingida por ocorrências de tornados em 2024. Dados evidenciam a ocorrência de 28 tornados no país no ano passado, sendo 23 na região sul. Paraná e Rio Grande do Sul tiveram 10 casos em cada estado, enquanto Santa Catarina registrou três ocorrências. Além da região Sul, a Bahia teve três ocorrências em 2024, seguidas de Alagoas e Pará, com um caso cada. A maioria dos casos se deu na parte da tarde e em áreas rurais.
Segundo a Prefeitura, no que diz respeito aos episódios climáticos com potencial destrutivo e às mudanças climáticas, o Município dispõe de recursos, estrutura e planos de ação junto às secretarias de Meio Ambiente, Serviços Públicos, Fundação de Assistência Social, Inovação e Iplan, em articulação com a Defesa Civil Municipal e outros órgãos. Por meio dessa organização, a Prefeitura mantém uma estrutura permanente de monitoramento, prevenção e resposta a eventos climáticos extremos, como chuvas intensas, ventanias, alagamentos e deslizamentos.
Atualmente, mais de 1,6 mil pessoas moram nos locais de risco monitorados constantemente pela Defesa Civil. É importante ressaltar que a atividade humana, como desmatamento e poluição, agrava esses eventos, tornando-os mais frequentes e intensos, ao contribuir para o desequilíbrio do meio ambiente e as mudanças climáticas.