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Os passeios de pedestres são tão importantes quanto as ruas

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Com a apresentação da cartilha “Manual de Calçadas – Caminha PG”, a administração municipal criará oportunidades para solucionar uma questão persistente na cidade: a uniformização dos passeios para pedestres. Com a participação do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Ponta Grossa (Iplan), o documento técnico estabelece diretrizes precisas para a construção e reforma de calçadas públicas.

O objetivo é vencer alguns dos principais obstáculos locais: as inclinações acentuadas do terreno e a falta de uniformidade nos passeios, que historicamente dificultam construir calçadas seguras e regulares para todos. Não é por acaso que os socorristas do Samu e dos bombeiros são chamados diariamente para ajudar pessoas que caem enquanto caminham pelas calçadas.

E a ausência de padrão não é a única questão. Em Ponta Grossa, as calçadas acomodam uma variedade de acessórios. Cestos de lixo, postes da Copel, floreiras, antigos telefones públicos (os famosos orelhões) e outros itens que impedem a livre circulação. Em certas situações, há veículos estacionados sobre essas estruturas, além de caçambas de entulho e materiais de construção, como tijolos, areia e pedrisco.

Conforme a Prefeitura, a cartilha do Iplan, em um primeiro momento, tem um caráter orientador, funcionando como um guia detalhado para que os cidadãos, construtoras e lojistas realizem os passeios de forma adequada e acessível. Em um estágio posterior, as orientações se tornarão requisitos legais – o decreto que regulamenta essas normas está sendo elaborado pelas autoridades.

Embora um terço dos deslocamentos nas cidades seja realizado a pé, as pessoas que utilizam suas próprias pernas ou cadeira de rodas não recebem tratamento prioritário. A propósito, a Lei 12.587/2012, que define as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, não inclui os termos “pedestre” e “calçada”, evidenciando uma falta de consistência jurídica tanto em nível federal quanto municipal.

Buracos, fissuras, elevações, desníveis, poças, lixo e outros obstáculos transformam o percurso dos pedestres em um verdadeiro calvário. E frequentemente causa lesões, que podem ser graves na maioria das vezes. Estudiosos e ativistas concordam que o espaço social, especialmente no que diz respeito à mobilidade, é injusto. Um dos motivos é que os espaços destinados aos pedestres são desproporcionalmente menores do que os ocupados pelos veículos.

Devido às suas particularidades, como o relevo acidentado, caminhar pelas calçadas de Ponta Grossa não é uma tarefa simples.

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