Editorial
Plano Diretor precisa avançar na Câmara de PG
Da Redação | 13 de abril de 2022 - 00:51
A discussão para possível aprovação do Plano Diretor de Ponta Grossa se tornou um assunto espinhoso para a Câmara de Vereadores. Mais uma vez, o projeto do Executivo foi retirado da pauta para vistas, sob a justificativa que pode ser melhorado. A questão requer urgência, principalmente para uma cidade que enfrenta sérios problemas por crescer desordenadamente.
A proposta sobre o Plano Diretor, que deu entrada no Poder Legislativo em 18 de dezembro de 2019, ainda na gestão do ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD), tem 124 páginas e traça o ordenamento para o território de Ponta Grossa. A matéria indica as diretrizes e os instrumentos urbanísticos necessários para o desenvolvimento do Município de maneira planejada e equilibrada.
Um dos principais objetivos do Plano Diretor é justamente atender às demandas do município, conforme a realidade e as particularidades de cada região, de cada bairro. Adequar as construções e o transporte são um dos pontos estudados na revisão do Plano Diretor. Além disso, o Plano objetiva promover a inclusão social e dar subsídio para que todos os cidadãos usufruam de acessibilidade e mobilidade no município. Cidades com mais de 20 mil habitantes e de interesse turístico têm o dever de realizar o Plano Diretor para não haver um crescimento desordenado e para que as questões ambientais também sejam respeitadas dentro desse contexto.
Tem outra questão: Plano Diretor o está sendo contestado pela construção civil. Isso porque, segundo órgãos ligados ao setor, algumas regras incluídas na proposta, como a ocupação máxima de terreno e testada mínima de casas, além de regras contra a geminação, inviabilizariam a habitação popular, destinada às famílias de mais baixa renda e onde se encontra o maior déficit do município. Segundo dados da Companhia de Habitação (Cohapar), atualmente Ponta Grossa ocupa a quarta posição entre os municípios com maior falta de moradias no Estado e mais de 17 mil pessoas aguardam na fila da Companhia de Habitação de Ponta Grossa (Prolar).