Editorial
A regionalização da saúde
Da Redação | 20 de agosto de 2020 - 01:45
As estratégias do Estado para a área
de saúde pública ampliam o atendimento dos diferentes tipos de serviços ao
cidadão. O interessante é tornar este setor mais regionalizado e não
concentrado em grandes centros. Estando mais próxima das pessoas, estas não
precisarão percorrer grandes distâncias em busca de amparo.
É muito comum que ambulâncias das pequenas cidades iniciem uma viagem de longa distância com dezenas de pacientes. É um cenário perigoso. Esses veículos nem sempre têm a estrutura e a segurança para fazer o transporte e os acidentes nas estradas são rotineiros. O desgaste da pessoa em enfermo fica muito mais acentuado.
O governador Ratinho Junior, em passagem por Ponta Grossa, nessa quarta-feira (19), disse que os investimentos vão transformar a saúde pública do paraná, tornando-a mais eficiente e rápida. A descentralização é importante. Em quatro meses, o Estado cita que os investimentos em saúde realizados em 30 anos no Paraná foram dobrados.
As alas neonatal, materno e infantil do Hospital Universitário, em Ponta Grossa, está sendo transferida ao Hospital da Criança João Vargas de Oliveira, para dar lugar a novos leitos exclusivos para pacientes com Covid-19. Com isso, o HC passa a contar com mais 32 leitos de maternidade e mais cinco de observação e procedimentos. Dentro de alguns dias, começam a funcionar também os 30 leitos pediátricos e 10 leitos de UTI neonatal e pediátrica.
Ponta Grossa tem um crescimento nos casos. O pensamento do governo é apostar numa estratégia regional, com a retaguarda em diferentes unidades, além da possibilidade de remanejar equipamentos de outras cidades, onde os casos estão mais controlados, aqui para a região.
O Estado habilitou aproximadamente 1,1 mil UTIs desde o início da pandemia, quase a mesma quantidade dos leitos intensivos criados ao longo dos últimos 30 anos.