Editorial
Peso ‘morto’ para o Município
Da Redação | 21 de janeiro de 2020 - 01:23
Para que servem os barracões do antigo Instituo Brasileiro
do Café (IBC)? Absolutamente para nada. A Prefeitura de Ponta Grossa precisa
definir, com urgência, o que vai fazer com essa estrutura. É um ‘peso’ morto.
Apenas consome dinheiro público.
Depois de adquiridos por R$ 4,5 milhões, em janeiro de 2010,
o Município investiu mais de R$ 1,5 milhão em um dos barracões numa ampla
reforma para que as antigas estruturas fossem adaptadas para as novas funções.
A partir das obras, o barracão recebeu nova cobertura, refeitório, instalação e
conjunto sanitários, instalações elétricas e hidráulicas, de comunicação e de
prevenção de incêndio e fechamento de espaços.
Apesar de terem sido apresentados diversos projetos para uso
do imóvel, desde então o local serviu apenas como depósito, e segue sendo
subutilizado. A maior parte dos armazéns vem sendo utilizada pela Secretaria
Municipal de Educação, apenas para guardar materiais e pela Secretaria de
Saúde, como almoxarifado.
Pelo investimento realizado, os barracões do antigo IBC
poderiam ser melhor aproveitados. Mas, a administração municipal não tem, até o
momento, um projeto de ocupação deste espaço. Tem outra questão: Pelo acordo,
feito há 10 anos, a Conab ficaria isenta, por um período de 15 anos, do
pagamento do IPTU dos armazéns que a Conab opera na região.
A área total do terreno que abriga os barracões é de 56,7
mil metros quadrados. Os dois medem, ao todo, 30.923 metros quadrados. O maior
barracão tem sua estrutura cortada pela linha férrea; de um lado, a área
construída é de 11.933 metros quadrados e, de outro, 11.600 metros quadrados,
totalizando 23.533 metros quadrados. O menor barracão mede 7.390 metros
quadrados. A doação do terreno ao antigo IBC foi feita pelo Município em 1952,
mas somente em janeiro de 1963 os barracões foram construídos.