Dinheiro
Paraná deve reassumir a vice-liderança na produção de soja
Com um clima favorável, condições da primeira safra estão favoráveis para um rendimento médio superior ao registrado no ano passado, fazendo o Paraná superar o Rio Grande do Sul
Fernando Rogala | 29 de janeiro de 2025 - 06:55
Após perder posição para o Rio Grande do Sul na safra passada, o Paraná deve retomar o posto de segundo maior produtor nacional de soja na temporada 2024/25. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura do Estado do Paraná (Seab), a estimativa é de que os produtores paranaenses colham 22,1 milhões de toneladas, em 5,7 milhões de hectares cultivados. Isso corresponde a 500 mil toneladas a mais em relação aos gaúchos, que devem colher 21,6 milhões de toneladas. O Mato Grosso segue no topo do ranking, com 44 milhões de toneladas.
No geral, a safra paranaense acabou beneficiada pela maior ocorrência de chuvas desde o início do plantio, favorecendo o desenvolvimento da cultura. Mesmo assim, a irregularidade das precipitações afetou o potencial produtivo de parte das lavouras, especialmente nas regiões Oeste, Noroeste, Norte Central, Norte Pioneiro e Centro Ocidental. Estas localidades devem registrar queda do potencial produtivo, ainda que de forma menos severa do que o ocorrido na safra passada.
“Até o momento, a Seab revisou a estimativa de produtividade nas regionais de Toledo e de Umuarama, com redução de 3 e 7%, respectivamente, em relação à estimativa inicial. Esses números já consideram as perdas climáticas nesses locais”, destaca Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP.
PRODUTIVIDADE - A média estadual de produtividade deve ficar na casa das 64 sacas por hectare, de acordo com a estimativa do Deral realizada em dezembro. No entanto, relatos recebidos pelo Sistema FAEP de produtores das regionais de Toledo e Campo Mourão indicam rendimento variando de 45 a 54 sacas por hectare nesse início de colheita.
CAMPOS GERAIS - Na região dos Campos Gerais, as perspectivas, de acordo com o último levantamento da Seab, continuam com a máxima produtividade, prevista nas primeiras projeções do Deral. Em uma área total de 545 mil hectares, estima-se um rendimento médio de 4.050 quilos por hectare, o que resultará em uma produção de 2,20 mil toneladas – valor que se confirmado, seria um dos mais altos já registrados na região. Na comparação com a safra anterior, o aumento seria de 9,5%.
Região deve produzir 29% da segunda safra
A segunda safra da soja, de acordo com as projeções do Deral, se destacou no aumento de área plantada. A área de 72,1 mil hectares representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior (que era de 50,2 mil hectares), resultando em uma produção de 189,6 mil toneladas, 41% a mais em relação ao ano anterior (134,4 mil toneladas). Desse total, 54,9 mil toneladas (ou 29%) devem ser produzidos nos Campos Gerais.
Com informações da FAEP