Klabin realiza últimos testes para operacionalizar a Unidade Puma II

Dentro de algumas semanas, a segunda fase da unidade fabril do maior investimento privado da história do Paraná entrará em operação. Trata-se do Projeto Puma II, da Klabin, que recebe um aporte de R$ 12,9 bilhões no complexo fabril da Unidade Puma, instalado no município de Ortigueira, em uma área nas proximidades da divisa com Telêmaco Borba. A parte 1 da segunda fase, que teve a construção da Máquina de Papel 27, já foi concluída, em 2021, e a segunda fase, da construção da Máquina de Papel 28 (MP28), está próxima ao fim. A empresa realiza os testes, chamados de ‘comissionamento’, para que possa iniciar as operações no mês de maio, conforme revelou a Klabin para o Instituto Água e Terra (IAT) durante o licenciamento ambiental. Nos últimos dias de janeiro o status da obra era de 82% concluída, com um aporte total de R$ 11,1 bilhões aplicados no período de três anos e meio (desde julho de 2019).

Conforme o informando pela empresa no licenciamento, “o Projeto Puma II tem previsão para conclusão em maio de 2023, data marco para a partida da Máquina de Papel 28. Considerando a data pretendida para partida da Máquina de Papel 28, se faz necessário o ‘start up’, comissionamento e partida antecipada para a preparação dos equipamentos”, detalhou a empresa no documento. Com base nisso, o cronograma da companhia estipulou o comissionamento da linha de fibras marrom, para a produção de papel Kraft, com início em fevereiro, assim como o comissionamento da planta de polpa químico-termomecânica branqueada (BCTMP). Já para o mês de março, havia a previsão do início do comissionamento do preparo de madeira (PMAD) – linha 6 – e a linha de fibras branqueada. O início do comissionamento da Máquina de Papel 28 teve início ainda no final de 2022.

O comissionamento da BCTMP já está em andamento no PMAD, onde estão ocorrendo os testes nos transportadores de alimentação. Também estão sendo realizados testes de giro dos motores, alinhamento de utilidades como API (Ar de instrumento), WFS (água de selagem), WFC (água industrial) e energizações de remotas. O aumento de capacidade da Linha de Fibras Branqueada está ainda em sua fase de montagem, e em breve acontecerá a entrega do cronograma para consolidação do comissionamento. Na MP28, o processo já está bem avançado. “Até o momento, foram comissionadas algumas utilidades como ar comprimido (API), água gelada (WGE), água de selagem (WFS) e água de resfriamento (WCC). Também tivemos avanços em testes de instrumentos (I/O) e motores”, destaca o engenheiro de planejamento da Timenow, Thiago Thallys Caetano.

Etapa assegura a eficiência e qualidade na fábrica

A Klabin detalha que a etapa de comissionamento tem como objetivo assegurar que sistemas e componentes de uma planta industrial estejam de acordo com os requisitos e necessidades operacionais, assegurando que todos esses itens tenham sido testados e estejam aptos a operar. A fase assegura que a planta produza com a eficiência e qualidade esperada. “Esta fase é uma maneira de garantir a qualidade. E se usada corretamente, tem também um impacto econômico positivo, visto que pode encontrar respostas para problemas no andamento da obra ou correções para evitar retrabalhos que afetam o cronograma da instalação”, explica Rodrigo Fernando dos Santos, coordenador de comissionamento da Timenow. Após o comissionamento, e todos os testes dados como positivos, a planta está pronta para entrar em operação.

Máquinas irão produzir papel

A Máquina de Papel 27 utiliza, para a produção de papel, somente a fibra curta, vinda do Eucalipto. Já a MP28 utilizará também fibras longas do pínus, tanto branqueada quanto marrom. Ela  deve passar a operar no segundo trimestre de 2023, com foco no atendimento ao mercado de papel-cartão, que é utilizado para a fabricação de caixas de produtos alimentícios.

Com informações da Klabin