Dinheiro
Faturamento da Unium atinge R$ 2,4 bi na área de lácteos
Fernando Rogala | 13 de abril de 2021 - 01:17
Juntas, as cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda produziram mais de 800 milhões de litros de leite
A Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, fechou 2020 com um faturamento recorde na área de lácteos. No total, o valor movimentado pelas três Unidades de Beneficiamento de Leite (UBL) das cooperativas atingiram a marca de R$ 2,4 bilhões. Somados todos os colaboradores das três unidades, localizadas em Ponta Grossa, Castro e Itapetininga (São Paulo), há 1.114 funcionários. No ano passado, as cooperativas realizaram um investimento de R$ 18,8 milhões nas unidades.
As três cooperativas registraram alta na produção leiteira em 2020, totalizando mais de 800 milhões de litros produzidos. Entre elas, a que teve o melhor desempenho foi a Castrolanda, que atingiu a marca de 416,2 milhões produzidos, valor que cresceu 11,5% na comparação com 2019; seguida pela Frísia, que ampliou em 7,2% a sua produção, subindo de 263 para 283 milhões de litros. Para a Castrolanda, que faturou quase R$ 4,5 bilhões em 2020, uma importante participação veio do leite, que gerou uma receita de R$ 1,3 bilhão à cooperativa.
Entre as principais novidades da industrialização de lácteos está o lançamento do leite em pó Colônia Holandesa, que há alguns meses pode ser encontrado nos supermercados, vendido em pacote. Isso foi possível após a inauguração da torre de secagem de leite, que ocorreu em 2020, a qual tem capacidade diária de 600 mil litros de leite, permitindo a diversificação dos produtos. Cabe destacar que a Unium tem parcerias e faz a industrialização de produtos para marcas como a Nestlé, Lactalis, DPA, Danone, Italac, Piracanjuba, Tirol, Prodiet, Aviação, Kiarroz, Positive Brands, 3 corações, Dan Vigor, A Alimentos e bebidas Poty. E isso sem falar nos produtos da intercooperação, como os leites Colônia Holandesa e Naturalle, e inúmeros outros derivados lácteos.
O ano foi positivo por uma série de fatores. Não apenas pela alta na produção ou investimento em tecnologias e melhoria da qualidade, mas também marcado por movimentos bruscos de preço ao longo do ano, que teve os desafios do coronavírus. De acordo com a cooperativa Frísia, a mudança no consumo logo após o início do isolamento social elevou os preços dos produtos lácteos, especialmente do leite UHT e do leite em pó, até o fim de março. Depois disso, até meados de maio, o consumo foi regularizado e a captação reorganizada. Após maio, o mercado virou novamente, com forte valorização de preços, o que se sustentou até o fim do ano.
Unidades são recertificadas
As Unidades de Beneficiamento de Leite de Castro e Itapetininga (SP) são duas das três empresas de lácteos brasileiras recertificadas, em março, pela FSSC 22000, um selo que assegura a segurança de toda a cadeia de suprimentos de alimentos. “A usina de Castro recebeu o primeiro selo de qualidade em 2017. E a UBL de Itapetininga também possui essa certificação desde julho de 2019”, destaca o gerente de qualidade das UBLs da Unium, Paulo Mauricio Bernardini Basto da Silva. No mundo inteiro, há em torno de 25 mil empresas autenticadas pelo certificado. No setor de lácteos são 43, sendo somente três delas no Brasil.
A usina de beneficiamento de leite em Ponta Grossa também está em processo de certificação para 2021. “Esse selo de qualidade faz parte do planejamento estratégico da empresa, levando sempre a garantia de produtos de qualidade e de segurança”, finaliza