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Estudo evidencia principais polos industriais da região

 Todas as microrregiões dos Campos Gerais são polo na produção madeireira
Todas as microrregiões dos Campos Gerais são polo na produção madeireira -

Levantamento aponta que Ponta Grossa possui a aglomeração de seis segmentos industriais 

A grande diversidade industrial observada em Ponta Grossa foi comprovada em um estudo divulgado nesta terça-feira (22) pelo Governo do Estado do Paraná. O levantamento, denominado, ‘Relatório sobre as aglomerações industriais e do setor de serviços - microrregiões do Paraná’, desenvolvido por profissionais da UEPG, mostrou quais os principais polos industriais e dos serviços em cada microrregião do estado – bem como onde há ‘embriões de aglomerações’. Segundo o estudo, a microrregião de Ponta Grossa, que também engloba Carambeí, Castro e Palmeira, tem grandes aglomerados industriais na fabricação de alimentos e bebidas, produtos químicos, fabricação de artigos de borracha e plástico, produtos de metal, máquinas e equipamentos, e produtos de madeira. 

Uma observação feita pelos professores Augusta Pelinski Raiher e Alysson Luiz Stege, doutores em economia, é que quanto mais intenso em tecnologia é o aglomerado, menor tende a ser a proximidade entre as microrregiões que detém esse tipo de concentração. Ao mesmo tempo, microrregiões com aglomerados menos intensos em tecnologia tendem a estar mais próximos, se aproveitando especialmente dos fatores de produção dirigidos a esse tipo de especialização, como por exemplo, à terra, como é o caso do segmento ‘fabricação de produtos alimentícios e de bebidas’ e da ‘fabricação de produtos de madeira’. 

Este último caso é um exemplo aplicado para a região dos Campos Gerais: todas as cinco microrregiões, contidas nos Campos Gerais (Ponta Grossa, Jaguariaíva, Telêmaco Borba, Prudentópolis e Irati), são considerados aglomerados na fabricação de produtos de madeira. Em Prudentópolis, há a aglomeração na produção de produtos minerais e não metálicos, enquanto que em Irati a produção de móveis. 

Por outro lado, a região também tem setores considerados embriões de aglomerações, ou seja, que há um destaque no setor e expansão, mas que ainda não chega a ser tão expressiva a ponto de ser considerada uma aglomeração. Em Ponta Grossa, são considerados embriões a produção de produtos têxteis e metalurgia básica. Na microrregião de Irati, há a produção de fumo e a fabricação de máquinas e materiais elétricos; em Prudentópolis a produção de produtos de couro e calçados; enquanto que em Jaguariaíva há o embrião da fabricação de produtos químicos. Cabe que ressaltar que quatro das microrregiões, sendo Irati, Jaguariaíva, Prudentópolis e Telêmaco Borba, são consideradas embriões de aglomerações na fabricação de celulose, papel e produtos de papel. 

Por outro lado, no setor de serviços, Ponta Grossa destaca-se como polo em quatro áreas: há aglomerados de transporte terrestre, atividades auxiliares de transporte e agências de viagem, educação, e saúde e serviços sociais. Fora a microrregião de Ponta Grossa, nos Campos Gerais apenas a região de Telêmaco Borba aparece no levantamento, com destaque em Transporte Terrestre.


Estudo balizará desenvolvimento

O estudo foi um dos que subsidiou o diagnóstico realizado pela Superintendência Geral de Ciência Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná (Seti) no desenvolvimento de uma proposta de ações estratégicas, visando à retomada econômica gradual e responsável do Paraná no período pós-pandemia. Trata-se de um dos estudos que serviram como subsídio para a elaboração da Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, proposta pela Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Governo do Estado do Paraná, com previsão de investimento de R$ 60 milhões.

O foco da proposta é a retomada econômica gradual e responsável do Paraná, no período pós-pandemia. “Conhecendo essas aglomerações e suas demandas, será possível propor incentivos com foco na competitividade de empresas, que podem ser encadeadas às atividades produtivas já desenvolvidas em todo o território paranaense”, assegura Augusta.

Segundo o professor Alysson, a importância dessas estruturas, tanto industriais quanto de serviços, é a absorção de mão-de-obra local e a aquisição de matérias-primas no entorno, atraindo a instalação de novas empresas nas regiões vizinhas e ampliando a cadeia produtiva existente. “Os aglomerados geram esses efeitos de transbordamento na região, pois não ficam localizados apenas em uma cidade. Isso contribui para a melhoria na renda dos trabalhadores e trabalhadoras”, salienta.

Indústria

Segundo a pesquisa, das 39 microrregiões do Paraná, pelo menos 33 apresentam concentração de aglomerações industriais, sendo a maioria nas microrregiões de Curitiba (12), Londrina (10) e Maringá (10). Em relação à segmentação, há predominância de fabricação de produtos alimentícios e bebidas (14 microrregiões); de confecção de artigos do vestuário e acessórios (13 microrregiões); de fabricação de produtos de madeira (11 microrregiões); e de fabricação de produtos de minerais não metálicos (10 microrregiões).

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